Setor elétrico encerra junho sem despachar térmicas fora da ordem de mérito

De acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que se reuiu nesta quarta-feira, 6 de julho, em Brasília, o sistema elétrico encerrou o mês de junho sem despachar térmicas fora da ordem de mérito, situação operacional que não acontecia desde o início de 2014. O CMSE havia determinado que, a partir de 4 de junho, apenas as regiões Norte e Nordeste poderiam ter despacho térmico em função da permanência do cenário hidrológico extremamente desfavorável naqueles subsistemas. Porém, isso não foi necessário. O desligamento das térmicas é positivo pois reduz os custos do sistema. Segundo o CMSE, não há risco de déficit de energia nos dois subsistemas.
 
O Operador Nacional do Sistema Elétrico deverá continuar efetuando o acompanhamento das condições hidroenergéticas do SIN visando, em função da sua evolução, propor ao CMSE a definição da geração térmica necessária para a garantia do atendimento energético. Atenção especial será dada à evolução das condições climáticas e o seu reflexo nas vazões afluentes aos reservatórios, em particular no subsistema Sul.

 
Ainda segundo o CMSE, o sistema elétrico continua equilibrado e não apresenta risco de déficit de energia. "O SIN dispõe das condições estruturais para o abastecimento do país, o que se comprovou com a garantia de suprimento eletronergético dos últimos anos, mesmo com a ocorrência de uma situação climática desfavorável nas principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste", escreveu em nota à imprensa.

 
Considerando o risco de déficit de 5%, há sobra estrutural de cerca de 12.899 MW médios para atender a carga prevista para 2016, de 64.573 MW médios. No ano, entraram em operação 4.323 MW do total de 7.223 MW de capacidade de geração prevista, dos quais 980 MW desde a última reunião do CMSE.

 
Segundo informações do Cemaden e Inpe/CPTEC, no mês de junho as chuvas estiveram acima da média nas bacias dos rios Paranapanema, Grande, Tietê, Paraíba do Sul e São Francisco; nas demais bacias do SIN, a precipitação esteve abaixo da média histórica. Consequentemente, as afluências verificadas foram 121%, 31%, 95% e 43% da média histórica das regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente.

 
Destaca-se que a evolução das condições hidroenergéticas do SIN no período úmido 2015/2016 permitiu o gradual deplecionamento dos níveis de armazenamento dos reservatórios equivalentes, compatíveis com a transição das condições hidroenergéticas para o período seco 2016. Assim, o nível de armazenamento do reservatório equivalente da região SE/CO atingiu, em 30 de junho de 2016, 56,0% de sua capacidade máxima.

 
De acordo com os resultados do Programa Mensal de Operação do mês de julho de 2016, considerando os valores mais conservadores da previsão de vazões, os níveis de armazenamento dos reservatórios equivalentes das Regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, atingiriam, no final de julho, valores da ordem de 46,4%, 22,8%, 64,5% e 57,0% respectivamente.

 

Fonte: Canal Energia
 

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