O governo reviu sua posição e decidiu fazer dois leilões de energia de reserva (LERs) ainda este ano. A decisão estará contida em portaria do Ministério de Minas e Energia que será publicada nos próximos dias, segundo uma fonte com conhecimento do assunto.
De acordo com a norma, o primeiro leilão será marcado para setembro. Poderão participar do certame pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) usinas com capacidade instalada entre 1 megawatt (MW) e 30 MW e centrais de geração hidrelétrica (CGHs) usinas de até 1 MW. O segundo leilão será marcado para dezembro. De acordo com o ministério, essa licitação será voltada para contratação de projetos de energia eólica e solar
No fim de junho, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que estava cancelado o leilão de energia de reserva previsto para ocorrer na próxima sextafeira. A ideia era que a nova equipe energética do governo pudesse analisar o assunto com calma.
Na ocasião, ele também afirmou que seria realizado apenas um LER este ano. O motivo era que não faria sentido realizar dois leilões em um momento de sobrecontratação de distribuidoras. Ele, porém, salientou que era importante haver a contratação, neste ano, de projetos eólicos e solares e de pequenas hidrelétricas, para dar sustentabilidade a cadeia de fornecedores.
Não se sabe, porém, qual será o montante de energia que o governo pretende contratar nos dois leilões. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) defende a contratação de 2 gigawatts (GW) de projetos do tipo por ano.
Esse volume é semelhante ao pleiteado pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), para garantir uma carteira de encomendas de longo prazo para os fornecedores e atrair fabricantes estrangeiros para o Brasil. A Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), por sua vez, defende a contratação mínima de 500 MW de energia de PCHs por ano.
Fonte: Valor Econômico
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