Fontes renováveis respondem por 98% da energia no Uruguai

As fontes renováveis foram responsáveis pela geração de 98% daenergia elétrica no Uruguai, disse nesta terça-feira o presidente da empresa estatal elétrica uruguaia (UTE), Gozalo Casaravilla, que destacou que isto se deve à combinação de fontes hidráulicas, eólicas, fotovoltaicas e biomassa.

 

O especialista fez estas afirmações durante um encontro com empresários e investidores do setor que se desenvolveu na sede da câmara Espanhola de Comércio, Indústria e Navegação do Uruguai, em Montevidéu.

 

Nesse sentido, Casaravilla explicou que o Uruguai "fez um bom investimento" desde o passado com a instalação de represas hidrelétricas, que representam 50% do fornecimento atual, às quais se somam as fontes de geração eólicas e solar, que fornecem 40%, e as de biomassa, responsáveis por 8%.

 

"Neste ano em particular, como foi um ano com boa contribuição nas represas, já temos na média do ano uma ordem de 98 % de energia elétrica do Uruguai renovável", disse.

 

Além disso, o engenheiro em eletricidade destacou que todos estes avanços, que localizam o Uruguai como o país mais avançado na região em energias renováveis, se devem aos procedimentos de investimento como contratos de compra de energia (PPA, por sua sigla em inglês), fideicomissos, e sociedades anônimas, entre outras.

 

Segundo explicou Casaravilla, para a mudança da matriz elétrica uruguaia foi feito um investimento de cerca de US$ 3 bilhões em energia eólica, enquanto em solar foram gastos cerca de US$ 500 milhões, e em fontes de microgeração ficam em US$ 15 milhões.

 

A máxima autoridade da empresa energética estatal precisou que as previsões de exportação de energia à Argentina e Brasil, que em primeira instância ficavam em US$ 30 milhões, serão revisadas, já que como descreveu, ambos países atravessam diferentes realidades que serão analisadas.

 

Finalmente, Casaravilla disse que o Uruguai oferece garantias como "o cumprimento de contratos honrados" àqueles investidores internacionais que desejam se instalar no país no setor de geração elétrica.

 

Fonte: Revista EXAME

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