Usinas a carvão podem perder US$ 76 bilhões em valor de mercado

As mudanças esperadas no setor elétrico em países como Japão e China e no mundo, em geral, sugerem uma grande incerteza sobre o futuro para térmicas a carvão e um risco cada vez mais elevado de que esses ativos sejam abandonados ou se tornem irrecuperáveis. A avaliação é do consultor de finanças de energia do Instituto para Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA), Gerard Wynn.

 

O especialista cita relatório do Credit Suisse, que projeta um potencial de perdas por impairment de US$ 76 bilhões nos próximos cinco anos, em um cenário de restrição ao carvão. Com isso, a receita dos investidores seria afetada e sua capacidade de pagar obrigações diminuiria.

 

De acordo com Wynn, há uma sobrecapacidade nos mercados de carvão como fonte de energia, com restrições regulatórias e uma competitividade cada vez maior de fontes renováveis. Além disso, o desligamento massivo de usinas a carvão na Europa e os planos dos EUA de fechar uma capacidade de 102 GW até 2020, tornam arriscado apostar em uma expansão da fonte.

 

A expectativa é de que esses os ativos existentes sofram uma grande perda de valor de mercado, em processos de impairments. De acordo com o especialista, a sobrecapacidade da fonte é altamente evidente na China e iminente no Japão. Nos países, a geração a carvão é ameaçada de duas formas: primeiro, pela competição com renováveis e nucleares, que têm prioridade no acesso à rede e cujos custos de operação são menores. Segundo, pelo quadro regulatório, que deve priorizar fontes não poluentes.

 

Fonte: Brasil Energia

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