Saída de ministros muda administração na área de energia

O afastamento da presidente Dilma Rousseff vai mudar diretamente a administração das empresas públicas na área de energia. É esperada para ainda esta semana a nomeação do novo ministro de Minas e Energia.  O presidente interino Michel Temer deve anunciar ainda na tarde desta quinta-feira (12/5) seu ministério.

 

A definição do novo comando da Petrobras também é aguardada. Aldemir Bendine, que assumiu o comando da empresa em fevereiro do ano passado, está trabalhando para conseguir permanecer no cargo até o fim do ano. Dentro do PMDB o que se diz que é que a forte ligação de Bendine com Dilma pode afastá-lo do cargo. Adriano Pires é cotado para assumir o comando da companhia.

 

A exoneração do ministro de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, e da secretária-executiva da Casa Civil, Eva Chiavon, mexe diretamente com a administração da PPSA, estatal criada no governo Lula para gerir a participação da União nas descobertas do pré-sal. O Conselho de Administração da estatal é presidido pelo ministro de Minas Energia e tem a secretária-executiva da Casa Civil como representante da pasta.

 

E a administração da empresa pode sofrer ainda mais baixas, já que conta também Fernando de Holanda Barbosa Filho, atual secretário adjunto do Ministério da Fazenda, como representante da pasta. Com a entrada de Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda, Barbosa Filho pode deixar o cargo. O Conselho da PPSA conta ainda com Oswaldo Pedrosa, que é o atual presidente da estatal, e com a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

 

Ainda não existe sinalização do novo governo em relação ao comando da PPSA. A diretoria, ao contrário da ANP, pode ser demitida, já que não foi aprovada pelo Plenário do Senado. O PMDB ainda não fez contato com a diretoria da estatal para tratar do comando da empresa e nem indicou os rumos que pretende dar para o regime de partilha da produção.

 

Outra estatal pública na área de energia que pode sofrer baixas é a EPE. Oficialmente, a empresa diz que Maurício Tolmasquim, que tem forte ligação com a presidente afastada Dilma Rousseff, continua no comando da empresa. Nos bastidores, Tolmasquim já teria admitido sair da comando da estatal. O Conselho de Administração da EPE também deve sofrer baixas. A estatal tem em sua administração representantes do MME, do Ministério do Planejamento, da Secretaria de Comunicação do Governo, além da diretora-geral da ANP.  

 

Fonte: Brasil Energia

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