Há energia sobrando no País e isso pode impactar nos custos das distribuidoras, porque as empresas contrataram no mesmo patamar do ano anterior, mas a atividade industrial está desacelerada e a demanda caiu. Com isso, pode sobrar para os consumidores pagarem a conta da sobra.
Para tentar evitar que isso aconteça, a presidente do Concen (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa), Rosimeire Cecília da Costa, esteve ontem (11) no Rio de Janeiro em reunião com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) para discutir estratégias sobre os impactos que a sobra de energia pode causar.
"O que acontece é que a economia foi tanta, que sobrou energia, além disso, muitas empresas e indústrias fecharam por causa da crise, sobrando energia. Agora, as geradoras estão com sobra que precisam vender, mas não tem quem compre".
Estiveram presentes na reunião, empresários do setor de geração e distribuição de energia, consumidores, entre outros, que pediram que um estudo seja feito para saber de quanto é esta sobra e possíveis soluções para o caso.
"Foi comentado que como falta energia na Argentina, o Brasil pode exportar essa sobra, mas, temos que ver como vai ficar a economia brasileira neste momento, com a troca de presidentes, pois a economia pode reanimar".
A previsão é de que o estudo seja concluído até o segundo semestre deste ano. "Nossa base tarifária está muito alta e não queremos pagar por essa sobra. Se o consumidor tiver que arcar com mais esse custo, que seja baseado em dados técnicos elaborado pelo governo e não por distribuidoras", afirma.
De acordo com a Abradee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica), o prejuízo estimado com a sobra de energia já é de R$ 3,3 bilhões que entrarão no encontro de contas para a composição tarifária.
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