Consultoria aponta incertezas no mercado eólico da América Latina após 2018

Um relatório publicado pela consultoria Make aponta incertezas no mercado eólico da América Latina para além de 2018, após forte crescimento verificado nos últimos anos. Em 2015, o mercado eólico cresceu 4,2 GW na região e a Make espera uma expansão de 8% em termos de nova capacidade comissionada para 2016.

 

O relatório aponta que o maior crescimento tem sido impulsionado pelo Brasil e, de uma forma menos constante, pelo México, que recentemente reestruturou seu mercado de eletricidade. No entanto, a crise política e econômica do Brasil fez com que as distribuidoras revisassem sua demanda por energia, afetando as novas contratações nos leilões A-3 e A-5. A indústria de energia aposta nas contratações nos leilões de Reserva, mas qualquer mudança desse cenário já levaria a uma drástica queda do mercado eólico no Brasil já em 2019, segundo a Make.

 

No México, o grande sucesso dos leilões para energia solar fizeram soar um alarme na indústria eólica, que contratou apenas 396 MW, montante muito menor que as expectativas iniciais. Mesmo assim, o rápido aparecimento da indústria solar não deve comprometer a participação eólica na meta do país de chegar em 2024 com 35% de energia limpa na matriz.

 

Argentina e Colômbia, dois mercados, na visão da consultoria, excelentes para energia eólica e demanda em crescimento, vem tomando medidas para aumentarem a participação eólica nos mercados de energia. O relatório afirma ainda que os riscos políticos na região continuam afugentando investimentos estrangeiros e impactando no desenvolvimento da fonte, como acontece na Venezuela e Equador. 

 

Fonte: Canal Energia

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