Atenção especial para Norte e Nordeste

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, avalia que o cenário de operação no Norte e no Nordeste do país estão em um quadro que ainda podem merecer uma atenção especial por parte das autoridades energéticas. Em uma entrevista nesta sexta-feira (15/4) em Brasília, Braga destacou que o quadro de abastecimento do país, mesmo nestas regiões, não apresenta riscos, mas deixou claro que o período seco poderá ser atípico.

 

Causados pelo fenômeno climático El Niño, os efeitos projetados pelo ministro no submercado Norte são de uma hidrologia atípica, especialmente sobre a hidrelétrica de Tucuruí, ainda a principal hidrelétrica da região.

 

Isso porque as chuvas que caíram sobre as bacias do Araguaia e do Tocantins foram suficientes para recompor o reservatório da usina, mas na média de armazenamento, os níveis atualmente encontram-se mais baixos do que os verificados na mesma época no ano passado.

 

Da mesma forma, os altos rios da Amazônia, em que estão instaladas as hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Teles Pires, contaram com poucas chuvas. "O MLT (média de chuvas) no Norte deve ser o mais baixo dos últimos 100 anos, mas mesmo assim estamos coneguindo recuperar os reservatórios", disse Braga.

 

No caso do Nordeste, ele ressaltou que os níveis ainda continuam "aprofundados", com a ressalva de que estão melhores do que os patamares críticos verificados no ano passado. "Mas as chuvas que nos alentaram em janeiro já não nos alentam mais".

 

Braga destacou ainda que o país vive um outono atípico, com altas temperaturas e um fim de período úmido "muito abrupto". Na quinta-feira, a CCEE divulgou prévia na qual apontava alta de 9,4% no consumo de energia, puxado pelo setor residencial, basicamente, pois o setor verificou elevação de mais de 13% nos 12 primeiros dias de abril na comparação anual.

 

Para ele, a entrada de 6.400 MW de energia nova no ano passado e cerca de 2.500 MW este ano ajudaram a recompor os reservatórios, junto com a redução de consumo e outras medidas. Para o fim do ano, a projeção do MME é que cerca de 9 mil MW entrem em operação comercial.

 

Fonte: Brasil Energia

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