Com a forte alta das tarifas e a criação da figura do cliente especial, a possibilidade de negociar o preço da energia deve atrair um número recorde de novos agentes para o mercado livre neste ano, segundo o sócio diretor da GV Energy, Pedro Machado. A projeção é que pelo menos mil novos agentes migrem para o ambiente de contratação livre, segundo o executivo. Só em janeiro, foram 126 novas adesões. O maior volume de novas adesões foi registrado em 2012, quando cerca de 400 agentes entraram para o mercado livre.
Apesar do número maior de novos participantes, as adesões não devem representar um volume grande de carga deixando as distribuidoras, ressalva Machado. A GV Energy calcula que os novos agentes devem representar um consumo de cerca de 50 MW médios.
Permanência
Como esses novos clientes têm um perfil de consumo menor e não estão acostumados com a gestão de contratos de energia, há o risco de que uma parte desses agentes não continue no ambiente, reconhece Machado. “Estão fechando contratos até 2019, mas têm que se preocupar com o que estará acontecendo no setor em 2020”, aponta.
O preço dos contratos aos quais Machado se refere explica a grande atração de novos consumidores livres (ou especiais ): enquanto clientes da média tensão pagam uma tarifa regulada que pode chegar a R$ 350/MWh, é possível fechar acordos de fornecimento de médio prazo, com início de suprimento em 2017, por R$ 120/MWh.
Fonte: Brasil Energia
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