A importância de Santa Catarina no cenário nacional de geração de energia hidrelétrica foi um dos motivos para realizar, em Florianópolis, a segunda edição do workshop “Linhas de Financiamento e Engenharia Financeira para PCHs e CGHs”. A abertura do evento, realizado pela a Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch) em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e apoio da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc) e do programa SC+Energia, aconteceu na manhã desta quinta-feira (3), na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Santa Catarina tem 6% do total dos empreendimentos associados à Abrapch, tem 12% da produção de energia e ocupa o terceiro lugar em número de empreendimentos a serem construídos no setor. Hoje, a Apesc conta com 100 associados e há potencial de crescimento para breve: 18 usinas hidrelétricas em construção e 16 construções de usinas prestes a começar, em 2016. “Santa Catarina tem uma importância vital para a Abrapch”, destacou o presidente da Associação, Ivo Pugnaloni.
De acordo com Pugnaloni, a crise econômica tem freado investimentos no setor, mas ele discorda que não seja o momento de apostar na energia hidrelétrica: “Muita gente acredita que as linhas de financiamento estão escassas, que os juros são inacessíveis. Mas nem tudo está perdido. Já tivemos crises bem piores, praticamente uma década inteira de crise nos anos 90. Hoje nós temos um grande mercado interno e isso nos ajuda muito. Um evento como este é muito importante para que a verdade seja dita”, explica o presidente da Abrapch.
O presidente do BRDE, Neuto de Conto, concorda com o argumento e afirma que existem recursos pra construir usinas. “No momento de crise que surgem as oportunidades”, destaca Neuto. “E a oportunidade é agora. E é por isso que nós estamos reunidos aqui, para dar a oportunidade”, conclui.
Segundo o Presidente da ABRAPCH, o setor de energias renováveis, em especial PCHs e CGHs, vem sofrendo dificuldades devido à concorrência instalada pela indústria de combustíveis fósseis, fator que reforça a necessidade de incentivo à produção de energia através de fontes renováveis e não poluentes ao meio ambiente.
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