Desde dezembro um grupo de especialistas designado pelo governo paulista está percorrendo regiões do estado onde há atividade de mineração. Objetivo é checar a situação de segurança das barragens usadas para acumulação de rejeitos, visando prevenir acidentes semelhantes ao que atingiu Mariana (MG). Esse trabalho vai gerar um relatório que ficará pronto em março próximo. O resultado é que vai apontar se existem riscos potenciais à operação de usinas hidrelétricas.
Em Minas Gerais, o rompimento da barragem da Samarco comprometeu a operação de quatro usinas no rio Doce – num total de 790 MW – sendo que Candonga (140 MW), de propriedade da Cemig e da Vale, está paralisada e corre risco de ficar inutilizada, a depender do investimento necessário para recuperá-la. Em São Paulo há 22,8 GW instalados, segundo a Aneel, dos quais 15 GW são representados por hidrelétricas localizadas principalmente nos rios Tietê, Paranapanema, Pardo e Paraná.
A fiscalização de barragens de mineração é tarefa do Ministério de Minas e Energia, mas o próprio Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) aprovou a iniciativa e está dando o apoio necessário, segundo informação da Secretaria de Energia do Estado de S. Paulo. Em janeiro, órgão promoveu um seminário fechado ao público que contou com a participação de consultorias e de acadêmicos estudiosos da questão.
São Paulo é o terceiro maior produtor de bens minerais do país e o maior produtor de equipamentos e insumos para a indústria mineral, empregando mais de 200 mil trabalhadores. O Estado possui mais de 2.800 minas em operação, com 95% de produção em areia, brita, calcário e argila.
Fonte: Brasil Energia
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