Mercado brasileiro de armazenamento de energia parte de 200 MW

A AES Brasil avalia que o mercado brasileiro de armazenamento de energia gire em torno de ao menos 200 MW. O número é extraoficial e tem como base estudos de consultorias, mas dá ideia do potencial que pode ser explorado. A empresa, que é uma das maiores investidoras mundiais nesse segmento, com 346 MW de capacidade – 20% do total disponível no mundo – está prospectando negócios no país enquanto prepara a instalação de um projeto de P&D na hidrelétrica Bariri (SP-143 MW), da AES Tietê. Objetivo da iniciativa é ter uma planta de demonstração e também contribuir junto à Aneel, para o desenho de uma regulação própria para o segmento.

“É preciso identificar qual a aplicação que pode agregar mais valor ao sistema brasileiro”, explica Rodrigo D’Elia, diretor de Geração Distribuída e Armazenamento de Energia, cargo recém-criado na AES Brasil, ante perspectiva promissora de crescimento de mercado para ambos os segmentos.

Equilibrar a intermitência de geração renovável – solar e eólica –, servir de apoio em horário de ponta e emular linhas de transmissão são algumas das oportunidades básicas em vista, segundo o executivo. Há uma licitação em andamento que vai apontar se a melhor alternativa para o cliente em questão é adotar uma solução de armazenamento ou partir para um termelétrica.

Na Califórnia a AES acaba de vencer um leilão, promovido pela autoridade regulatória local, em que concorreu com um projeto de usina térmica.  O resultado será a construção – estimada em apenas um ano, em média – de um grupo de módulos de bateria com 100 MW de capacidade, a maior instalação do tipo, em termos mundiais, até o momento. No Chile, a empresa já vendeu vários sistemas de armazenamento para finalidade semelhante.

O projeto de Bariri vai ter 0,5 MW de capacidade e será alimentado diretamente por meio de um antigo gerador auxiliar, acoplado a uma das turbinas da hidrelétrica, que deixou de ter função na operação da unidade.  A ideia é acionar o equipamento em horário de ponta e estudar seu comportamento, trocando informações com o ONS, que vai monitorar o projeto desde o começo.

Fonte: Brasil Energia

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