Luiz Barata é cotado para substituir Chipp no ONS

O nome do atual secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Luiz Eduardo Barata, é o mais cogitado por fontes do mercado elétrico como o substituto de Hermes Chipp no comando do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O mandato do diretor-geral termina no fim de abril deste ano.

Segundo cinco fontes do setor, entre consultores e dirigentes de associações setoriais com acesso frequente ao ministério, Barata é tido como favorito para assumir a diretoria-geral do ONS. Carioca e engenheiro eletricista, ele já foi diretor de operação do ONS e presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Respeitado pelo mercado elétrico, Barata também tem bom relacionamento com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e com a presidente Dilma Rousseff.

Secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata
O cenário, porém, ainda é incerto devido à probabilidade de outras mudanças no setor. Uma delas é a possibilidade de o ministro, segundo colocado nas eleições para o governo do Amazonas, assumir o posto no lugar do atual governador, José Melo (Pros), que pode ter o mandato cassado por compra de votos.

De acordo com duas fontes, um cenário que é comentado no setor é a ida de Braga para o governo do Amazonas, sendo substituído por Romero Jucá (PMDB), no ministério. Barata e Chipp fariam uma troca de cargos. Segundo uma delas, no entanto, a ida de Chipp para a secretaria-executiva de Minas e Energia seria mais complicada do que a ida de Barata para o ONS, que é tida como mais provável.

Segundo outra fonte, um obstáculo para a ida de Barata para o ONS é que o governo teria muitas dificuldades para encontrar um substituto no ministério que fosse respeitado pelo setor e, ao mesmo tempo, de confiança do Planalto.

Pelo estatuto do ONS, Chipp deveria deixar a direção-geral do operador em maio de 2014. Na ocasião, porém, o governo editou uma MP prorrogando seu mandato por dois anos. O entendimento, na ocasião, é que seria muito arriscado trocar o comando do operador no auge da crise elétrica, com forte risco de racionamento.

Fonte: Valor Econômico

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