Um negócio que promova a inovação e tecnologia limpa em segmentos diversos na economia brasileira é o foco de um fundo de investimento que procura empresas que atuam junto ao setor de energia (entre outras áreas) para aportar capital e promover seu crescimento. A Inseed Investimentos é a gestora do Fundo de Inovação em Meio Ambiente (Fima) que possui R$ 165 milhões de capital comprometido para aportes em até 20 empresas. O fundo conta com oito cotistas, entre eles o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O momento é de prospecção de empresas que se enquadram no perfil para receber o aporte, conta o diretor dessa área da Inseed, Alexandre Alves. Dentre os critérios que são exigidos está o limite de faturamento anual de até R$ 20 milhões e que apresentem alto potencial de crescimento e rentabilidade. E ainda, promover a sustentabilidade e a redução de impacto ambiental nas cadeias de valor.
“Buscamos dentro da cadeia do setor de energia aquelas pequenas empresas que tem o DNA da inovação. Empresas que possam fornecer serviços ou produtos para o segmento de energia, seja para gerar energia, smart grid ou geração distribuída”, apontou ele. “A inovação não precisa ser algo radical, mas é importante que promova uma produção com mais eficiência e qualidade”, acrescentou o executivo àAgência CanalEnergia.
O fundo possui, o que a Inseed chama de três eixos de investimentos. O segmento de energia está no eixo classificado como Tecnologias Avançadas, onde estão ainda materiais alternaivos, construções verdes e agropecuária sustentável. Até o momento o fundo já destinou R$ 25,6 milhões a seis empresas, dentre estas, uma de geração a biogás.
O diretor da gestora de recursos explica que os aportes do fundo são liberados após a análise de um comitê de investimento e cujo primeiro valor de investimento é de até R$ 10 milhões. Conforme há o crescimento esperado, podem ser feitos novos aportes de capital na empresa de acordo com o avanço de seu crescimento e rentabilidade proporcionados. “Hoje queremos formar o portfólio de empresas e não existe uma limitação específica para cada segmento em que o fundo se dispõe a investir”, explicou o diretor. “Estamos em busca de oportunidades de investimentos por meio de uma intensa prospecção no mercado”, afirmou.
O executivo disse que a empresa interessada em receber o aporte de capital deve, basicamente, apresentar um resumo da proposta de investimento com plano de negócio. O comitê que aprova o aporte avalia entre outros itens, a tecnologia empregada, o mercado que será alcançado, as projeções de rentabilidade, a inovação proposta e o valor do investimento. O prazo do fundo é até 2022 e que poderá ser prorrogado. “Temos pelo menos até 2022 para ficar como sócios nessas empresas”, finalizou Alves.
Fonte: Canal Energia
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