O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Romeu Rufino, admitiu que a depender da quantidade de termelétricas despachadas até o fim do ano e do valor do Preço de Liquidação das Diferenças, o impacto das despesas adicionais com a compra de energia ainda pode ser significativo para as distribuidoras. Rufino disse que a Aneel não tem um número fechado sobre a necessidade de cobertura dos gastos remanescentes das empresas nos proximos meses, porque é difícil apurar esse cálculo dada a oscilação do PLD.
“Se o govenro decidir, quando ele decidir, pela forma de resolver esse descasamento do fluxo de caixa, é claro que Aneel vai ter que informar um determinado número que vai ser objeto dessa captação”, explicou nesta terça-feira, 17 de junho, ao término da reunião semanal da ag&eciecirc;ncia. A próxima liquidação no mercado de curto prazo é a de maio, que deve acontecer entre os dias 8 e 9 de julho, segundo o diretor da Aneel. Até lá, o governo terá que decidir de que forma serão bancadas as despesas das distribuidoras com exposição no mercado de curto prazo e com a energia termelétrica.
Para Rufino, o PLD atingiu um valor muito baixo no Sul em consequência das chuvas na região, mas no Sudeste, principal mercado consumidor do país, não teve queda tão significativa em termos de redução do impacto. Ele lembrou que a variação do PLD tem efeitos sobre o Pmix, que é o preço médio dos contratos de compra de energia de cada distribuidora, de acordo com o grau de descontratação.
Outro impacto é o dos contratos por disponibilidade de usinas termelétricas, já que a tarifa definida pela Aneel reflete o custo fixo dessas usinas mais a previsão do PLD limitada ao Custo Variável Unitário. Se o PLD estiver muito acima do CVU, destacou Rufino, a variação do PLD não é tão impactante. Se ficar abaixo desse custo, pode afetar muito a distribuidora.
A possibilidade de que as despesas adicionais possam ser custeadas pelas empresas e repassadas como custo financeiro nos próximos reajustes só pode ser considerada se estiver numa faixa que não afete o fluxo de caixa. Mas, segundo Rufino, a variação do PLD ainda está em um patamar acima do que as distribuidoras podem suportar.
Fonte: CanalEnergia.com.br
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