O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia Elétrica, Altino Ventura, defendeu o preço-teto estipulado para as pequenas centrais hidrelétricas no próximo leilão A-3, que será realizado no dia 6 de junho. O valor foi considerado baixo por associações do setor, como a Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (Abrapch) e a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel).
Para as PCHs e UHEs com potência igual ou inferior a 50MW, o teto foi estabelecido em R$148,00/MWh, mesmo valor para os produtos por quantidade (grandes hidrelétricas). Apesar de ter sido aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início do mês, o valor foi criticado por dois diretores, André Pepitone e Reive Barros, que afirmaram que o preço definido para as pequenas centrais poderia ser melhor, a fim de aumentar a oferta e a competitividade da fonte no leilão. O preço apontado como ideal seria R$160,00/MWh. As associações chegam defender até R$175/MWh.
Segundo Ventura, que participou nesta terça-feira (20/05) do 15º Encontro de Energia, que acontece em São Paulo, o objetivo do governo é contratar prioritariamente os projetos mais eficientes, que estariam na faixa de preço estipulada pelo governo. “As PCHs têm uma série de incentivos, ou melhor dizendo, de facilidades, como a questão do pagamento da transmissão e dos recursos hídricos. Até onde temos acompanhado, a fonte passou por dificuldades após boom do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfra), mas estamos tendo resposta nos últimos leilões, desde que elevamos o preço-teto. Nosso entendimento é que claro que existem PCHs de R$160/MWh a R$180/MWh, mas existem outras de R$140/MWh. Para esses próximos leilões, queremos que as PCHs que têm o menor custo entrem em primeiro. As demais vão ter que ter paciência e esperar”, disse.
Fonte: Jornal da Energia – 22/05/2014
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