ABRAPCH promete ir à Justiça para barrar edital do A-3

A Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (Abrapch) “perdeu a paciência” com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia Elétrica, Altino Ventura, e promete ir à Justiça para barrar a realização do Leilão A-3, que acontece no dia 6 de junho.

Em entrevista ao Jornal da Energia, o secretário defendeu o preço-testo de R$148/MWh estabelecido para a fonte e afirmou que os empreendedores de projetos mais caros terão que ter paciência e esperar o aumento do preço-teto.Leia mais.

“Essa declaração praticamente obriga nosso setor buscar na Justiça o cancelamento do edital do leilão, pois o certame está claramente viciado pelo preconceito, pela falta de isonomia e pela metodologia do “achismo”, onde as autoridades, sem apresentar qualquer cálculo que comprove a viabilidade de um preço teto que até diretores da Aneel reconhecem ser extremamente baixo, apenas “acham” de dá para exigir preço “mais barato” das PCHs e com essa atitude acabaram provocando no mercado, artificialmente, a maior falta do produto nacional barato de baixo impacto ambiental , que é a energia hidrelétrica de pequenas usinas , que cobiçada em todo o mundo”, afirmou o presidente da Abrapch, Ivo Pugnaloni.

O executivo lembrou que os projetos parados de PCH ultrapassam 9 mil MW e poderiam estar ajudando o Brasil a enfrentar a crise hídrica e cita o alto preço da energia no mercado spot (R$822,83/MWh), que só beneficiam, segundo ele, o setor termelétrico. “Enquanto o secretário de planejamento energético pede paciência às pequenas hidrelétricas que não podem aceitar o preço ínfimo de 148 reais no leilão para entrega de energia daqui a três anos, o ministério concorda com contratos com as termelétricas que terminam custando 822,00 por megawatt-hora aos consumidores, resultando em aumento nas tarifas de 30% que a Copel já anunciou para junho, sepultando de vez a redução

Fonte: Jornal da Energia – 26/05/2014

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