Contratos futuros de energia do mercado livre é opção para as empresas

No atual cenário energético brasileiro, os baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e a redução nas previsões de chuvas estão influenciando na alta do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD). “O Custo Marginal de Operação (CMO), base para a determinação do PLD, apresenta um comportamento acima do primeiro patamar de déficit há algumas semanas, o que já seria recomendável um corte de carga de 5%, mas o governo prefere esperar o término do período úmido em abril para tomar qualquer decisão”, declara Walfrido Avila, presidente da Trade Energy.

Segundo o executivo, mesmo com este panorama, o momento é favorável para as empresas considerarem a migração ao mercado livre, com a contratação energética para entrega futura e, desta forma, obter preços mais competitivos que permitam a redução de gastos com energi a. “Existe a perspectiva de aumento real das tarifas em torno de 30%. O ideal é buscar uma comercializadora que, além do fornecimento de energia, possa fazer a gestão no ambiente livre, otimizando os ganhos”, revela Avila.

Aqueles que já se encontram no mercado livre, com contratos de longo prazo, não estão sofrendo impactos e continuam com economia de até 25%. “Algumas empresas reduziram o consumo neste cenário de PLD máximo para auferir a receita de R$ 822 por MWh na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)”, acrescenta o presidente.

No caso dos consumidores livres que não estão com energia contratada agora ou no futuro próximo, o executivo enfatiza que é importante alongar o prazo de contratação, acima de cinco anos. “Trata-se de uma ação importante para obter preços de energia mai s competitivos”, diz Avila.

Racionamento

Caso a situação das chuvas no período úmido não apresente melhora, é preciso estar preparado para a efetiva possibilidade de racionamento. “Talvez a receita seja menos forte, em comparação ao racionamento de 2001, quando houve a necessidade de redução de 20% da carga. Naquela época, mesmo após o término do período de contenção, houve uma sobra de energia durante uns quatro anos. Já os apagões, que são os cortes de cargas temporárias, devem ocorrer em algumas regiões para evitar, até quando for possível, o racionamento”, finaliza Avila.

Fonte: Portal PCH – 08/04/2014

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