Presidente da ABRAPCH explica os detalhes sobre o potencial hidrelétrico do estado, que está entre os maiores do Brasil
O Paraná está entre os estados do Brasil com maior potencial para construção de novas pequenas usinas hidrelétricas. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas (ABRAPCH), o estado paranaense tem potencial de receber 119 novas centrais geradoras (CGHs) e 114 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Para entender melhor sobre o assunto, o portal comVc conversou com Paulo Arbex, presidente da ABRAPCH, que comentou o papel das pequenas hidrelétricas no abastecimento de energia do país.
“Temos usinas de 0,1 Megawatts (MW), que são minúsculas, até usinas de 14 mil MW, gigantes como a Itaipu. Elas se classificam em 3 categorias: Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), que têm de 0,1 a 5 MW de capacidade instalado; de 5,1 até 30 MW classifica-se Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); e acima de 30 MW de capacidade, são as grandes Usinas Hidrelétricas (UHE)”, define Arbex.
Segundo a ABRAPCH, o potencial das pequenas usinas em toda a região sul do Brasil é de gerar 3.782,5 MW, e das centrais geradoras, 977,4 MW, podendo gerar 285.954 empregos e investimentos de mais de R$ 33 bilhões. “Cada Megawatt é capaz de atender 2.618 domicílios. No Brasil, o IBGE classifica uma média de 2,92 habitantes por residência, o que totaliza 7.656 residentes atendidos por um MW”, acrescenta o presidente. O país tem hoje, já aprovado na Neoenergias, 15 mil MW de usinas de pequeno porte, CGHs e PCHs, sem contar as grandes; e esses 15 mil MW poderiam atender cerca de 39.300 de domicílios e 114 milhões de pessoas”, completa.
“O problema é o Brasil subsidiar o importado e taxar o que é nacional. (…) O país tem hoje 16 mil MW de energia eólica em operação e tem horas do dia que tem 200 MW operando, ou seja, menos de 2% do total em operação, o resto disso tudo parado. Enquanto isso, está entupido de termoelétricas, que produzem energia com base na queima de combustíveis fósseis”, comenta Arbex.
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