A cidade de Curitiba acaba de ganhar uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH) que produzirá energia para iluminar o Parque Barigui – um dos maiores da cidade.
Instalada no lago do Parque pela Associação Brasileira de PCHS e CGHs (Abrapch), a usina é baseada no conceito da Rosca de Arquimedes, equipamento criado pelo filósofo grego (260 a.C). Ela aproveita a queda de água de 3,5 metros do vertedouro do lago para gerar cerca de 30 kilowatts de energia por uma rosca helicoidal.
A energia será suficiente para iluminar metade do Parque Barigui e equivale ao consumo de 135 residências médias.
A produção será injetada na rede da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), gerando créditos de energia a serem compensados pelo município. A estimativa é que a economia aos cofres públicos seja de R$ 132 mil por ano.
A construção da estrutura de concreto, a rosca helicoidal e os equipamentos eletromecânicos foram doados pela Abrapch. O total do investimento é de R$ 450 mil.
De acordo com o presidente da Abrapch, Paulo Arbex, usina é um modelo para o Brasil e demonstra que com baixo custo é possível desenvolver uma usina que trará benefícios econômicos, turísticos, sociais e ambientais. A obra levou seis meses para ser concluída.
“Além de reduzir custos e gerar energia, a turbina contribui para a melhoria da fauna aquática, nível de oxigênio na água. As PCHs e CGHs são as fontes com a menor emissão de gases de efeito estufa do mundo e também as mais baratas”, reforça.
Segundo ele, municípios brasileiros de três estados já apresentaram interesse em reproduzir o projeto.
APLICATIVO – A Abrapch também desenvolveu e doou ao município um aplicativo, chamado CGH Barigui. A ferramenta – que possibilita o controle e acompanhamento da geração de energia em tempo real – já está disponível para todos os tipos de smartphones. Pelo aplicativo a população poderá acompanhar a energia gerada pela usina, economia obtida pelo município, árvores poupadas, entre outras informações.
INAUGURAÇÃO – O prefeito de Curitiba Rafael Greca, que conduziu o evento de inauguração, disse que a CGH será usada como recurso de educação ambiental, possibilitando ensinar para crianças das escolas de Curitiba a importância da água e da geração de energia limpa.
“A Abrapch nos deu de presente esta turbina que será uma usina didática. Vamos ensinar que para acendermos as luzes não é preciso poluir o planeta”, disse o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, referindo-se à geração de energia limpa propiciada pela vazão do vertedouro do Rio Barigui. “A ideia é marcar Curitiba como a capital das novas energias do Brasil”, reforçou.
A Central Geradora Hidrelétrica do Parque Barigui foi batizada com o nome do engenheiro civil e ambientalista do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), Nicolau Klüppel, falecido em 2016 aos 86 anos. Ele foi um dos precursores na filosofia da drenagem urbana no Brasil, utilizando lagos para captação de água para evitar enchentes.
“A ABRAPCH, que defende energia limpa e renovável em todo o Brasil, encontrou em Curitiba um ambiente propício para instalar essa usina. Uma cidade que acredita que a inovação precisa estar a serviço da sociedade. E é isso que esse projeto representa”, declarou a secretária do Meio Ambiente de Curitiba, Marilza do Carmo Dias.
O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e das Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), Tião Medeiros, disse que a usina é um modelo de como é possível gerar energia em potenciais inutilizados.
“É possível fazer diferente. Construir uma usina de vida longa, com pouco recurso e baixo impacto. A energia gerada aqui é a mais limpa possível. Pontos de queda que eram inutilizados no Parque Barigui, com potencial, sendo transformados em educação ambiental, energia e gerando economia para o município”, destacou Tião.
Já o vereador Bruno Pessuti, também presente, contou que à partir desta proposta, está destinando uma emenda de R$100 mil para elaboração de projeto para a construção de uma CGH no Parque São Lourenço, em Curitiba. “Precisamos aproveitar todo este potencial hidráulico de Curitiba”, disse Bruno.
CGHS e PCHS – As geradoras de energia elétrica de pequeno porte podem ser classificadas em Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e Central Geradora Hidráulica (CGH). As PCHs são usinas com reservatório de até 13 quilômetros quadrados e com potência instalada entre 5 e 30 MW. As CGHs têm potência máxima de até 5 MW.
Por serem menores, a construção dessas centrais de energia é mais barata e elas causam menor dano ambiental, pois não alagam grandes áreas, preservando o habitat natural das espécies que vivem nas proximidades.
PRESENÇAS – Estiveram presentes o presidente do Conselho Administrativo da ABRAPCH, Valmor Alves; o vice-presidente, Pedro Dias; Marcelo Otte, Diretor de Comercialização e demais membros da diretoria da instituição, representantes das empresas doadoras; além dos deputados estaduais Elio Rusch e Tião Medeiros.
Compareceram, ainda, o diretor-presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Everton Luiz da Costa Souza, diretores de entidades municipais e vereadores da cidade.
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Prezado sr Alexson, bom dia.
Agradecemos pelo contato através do nosso site e gostaríamos de poder lhe ajudar, entendendo melhor a sua solicitação.
Pedimos a gentileza para que o sr encaminhe um e-mail no gaebrasilia@abrapch.org.br, para que possamos afunilar esse contato.
Att
Alisson Rodrigues
Gestão de Assuntos Estratégicos
obrigado pela informação, o é site excelente vou voltar
mais vezes 🙂