De acordo com a ANEEL, as geradoras de energia elétrica de porte pequeno podem ser classificadas em Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e Central Geradora Hidráulica (CGH). As Pequenas Centrais Hidrelétricas são usinas com reservatório de até três quilômetros quadrados e com potência instalada entre 1 e 30 MW. As Centrais Geradoras Hidráulicas, por outro lado, são usinas com potência máxima de até 1 MW.

Por serem menores, essas centrais de energia são mais baratas de construir e causam um dano ambiental menor, pois não alagam grandes áreas, preservando o habitat natural das espécies que vivem próximas a elas, além disso, podem ser construídas em rios com menor vazão, onde esses, proporcionam para a descentralização da geração de eletricidade no país.

Na figura abaixo, pode-se observar o esquema básico de uma PCH.

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Sobre os aspectos técnicos, além da potência instalada, existem ainda outras características que diferenciam essas geradoras de energia, como por exemplo, o processo de licenciamento. Mas vamos diferencia-las melhor. Uma PCH depende basicamente, da realização de um Estudo de Inventário, o qual irá analisar o potencial hidráulico do rio onde ela será instalada e de um projeto básico, onde esse, nada mais é que um detalhamento técnico, sendo o principal estudo de uma PCH, cujo a análise e aprovação fica a cargo da ANEEL. Já em uma CGH, o processo de licenciamento é muito mais simples, uma vez que a elaboração do inventário e do projeto básico não são necessários e deve-se apenas comunicar o órgão regulador e fiscalizador sobre a intenção de implantação.

Outra diferenciação entre as CGHs e as PCHs é seu prazo total de implantação. Enquanto o prazo total para implantação de uma PCH é, em média, de cinco anos, para  uma CGH é de dois anos e meio.

Sobre a capacidade instalada no Brasil, segundo informações da ANEEL, existem atualmente 463 pequenas centrais hidrelétricas em todo o Brasil, somando uma  potência instalada de 4.658.669 kW e pelo menos 30 em construção.  Há ainda 446 CGHs no país, com uma potência no total de 272.886 kW. A figura a seguir mostra a potência existente no Brasil, divida por região, segundo a Eletrobrás (2011).

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As Usinas Hidrelétricas de grande porte (UHE), com capacidade instalada de mais de 30 MW, são caracterizadas por possuírem grandes reservatórios, característica que lhes possibilitam operar por algum tempo em período de estiagem. Mas aonde entrem as PCHs nesse sistema? Como uma alternativa às UHE nos períodos de cheia, época em que as centrais operam com o fio d’água, as Pequenas Centrais Hidrelétricas entram em funcionamento gerando a capacidade dos grandes reservadores armazenarem  elevados níveis de água e com isso, quando entrar o período de estiagem, às UHE podem funcionar com capacidade plena, já que nesse mesmo período os pequenos reservatórios das PCHs ficam incapazes de gerar energia. Esse complementação entre os dois tipos de Hidrelétricas é extremamente importante para manter a geração continua, não atingindo o consumo e desenvolvimento do país, além do fato que as PCHs atribuem uma complementação das cargas ofertadas a pequenos centros urbanos e regiões rurais.

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A grande parte da atratividade no setor de PCHs e CGHs é explicada pelas altas margens operacionais alcançadas com o baixo custo de geração/manutenção e por ser uma fonte que apresenta um grande histórico de medição de descargas, o que diminui os riscos de uma geração efetiva inferior à planejada.

São vários os fatores que viabilizam a construção de PCHs e CHGs, tanto fatores econômicos, quanto fatores socioambientais, sem contar a capacidade de manter a região próxima suprida energeticamente, gerando crescimento e desenvolvimento local.

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