Setor elétrico ainda tem espaço para desenvolvimento de tecnologias

O tamanho e a complexidade do setor elétrico brasileiro exigem muito das empresas fornecedoras de tecnologia, fomentando sua maturidade. Mesmo assim ainda existe muito espaço para melhorar, explica Danilo Barbosa, diretor de marketing da Way2. Segundo ele, parte da complexidade do setor é a burocracia. “Nem sempre o setor elétrico brasileiro está à frente nas questões regulatórias”, explicou o executivo.

Mas, a percepção de que o desenvolvimento da indústria está ligado à evolução do setor coloca os agentes e as empresas fornecedoras do mesmo lado, buscando a viabilidade e o crescimento de toda a cadeia.

Para reunir esse grupo de fornecedores com o setor, o Energy Show, que será realizado nos dias 2 e 3 de abril em Florianópolis, Santa Catarina, promove um debate sobre a aplicação de novas tecnologias no setor elétrico. E, invariavelmente, trata de temas regulatórios e grandes mudanças estruturais que demandam a aplicação de tecnologias para tornar as empresas do setor mais eficientes, ou simplesmente viáveis.

“O Energy Show funciona para as empresas como um espaço de pré-lançamento de produtos, uma oportunidade de feedback para as aplicações que estarão a todo vapor nos tradicionais eventos setoriais do segundo semestre. No caso da Reason, por exemplo, é a primeira edição após a aquisição da empresa pela Alstom, e vamos poder observar os resultados da sinergia entre as equipes”, conta Barbosa.

Segundo o diretor de marketing, hoje os fornecedores já dominam tecnologias fundamentais para a eficiência operacional das empresas do setor, podendo viabilizar a modernização de subestações, melhorias nos indicadores de qualidade, a diminuição das perdas, ou mudanças estruturais, como o surgimento dos comercializadores varejistas.

“É necessário, entretanto, que os agentes tenham capacidade de investimento para aplicar recursos tecnológicos e auferir seus resultados. Isso é o básico. Nenhum programa de incentivo à inovação funciona melhor do que um mercado saudável. Por outro lado, existem algumas mudanças, como a adoção de microgeração distribuída, ou de medidores eletrônicos inteligentes, que demandam investimentos maiores, fora da rotina de busca por eficiência”.

E, em um cenário que tem se agravado nos últimos anos de comprometimento dos investimentos, o evento também se torna um espaço para buscar com as demais empresas o debate e novos caminhos.

Fonte: Jornal da Energia – 01/04/2014

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