A Cemig acredita que o preço da energia deverá se manter em patamares elevados até o final deste ano. No entanto, a empresa acredita que essa faixa, que poderá chegar a R$500/MWh, apresenta tendência de queda nos anos seguintes, com um valor variando entre R$320 e R$400/MWh em 2015, entre R$160 e R$220/MWh em 2016, até uma média de R$120/MWh em 2020.
Mas o principal problema lista para os próximos anos é uma crise de lastro. Segundo José Raimundo Dias Fonseca, diretor Comercial da Cemig, O 13° leilão de geração de energia existente (A-0), realizado em abril, enxugou a disponibilidade de energia para 2015, com o período de fornecimento estipulado entre 2014 e 2019.
“Por isso o gerador está com muito medo do GSF (Generation Scaling Factor) para 2014 e 2015”, explicou Fonseca. O palpite do executivo é de que o índice fique na faixa de 0,93 a 0,94 no resto do ano, que ressaltou que tudo dependerá da hidrologia. Em março, a Cemig apurou 0,96, chegando próximo a 1, em abril.
E sobre a previsão do risco de racionamento para o ano, o diretor comercial também ressaltou que nada está descartado, mas que acredita que é possível chegar ao final do ano sem que seja decretado. “Acho que aguenta até o início de novembro. Às cascas, mas acredito que chega”, completou.
Além disso, sobre o preço da energia em função de um possível racionamento, Fonseca aponta que tudo dependerá da quantidade estipulada, e da reação da população e do consumo. “O fato de a carga cair faz com que o preço também caia. Então em caso de pós-racionamento, com redução da carga, o preço deverá cair se comparado aos níveis atuais”.
Fonte: Jornal Energia – 26/05/2014
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