As obras previstas para o segmento de energia nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, deverão reunir R$166,2 milhões em investimentos. O detalhamento é da Autoridade Pública Olímpica (APO), através da publicação da Matriz de Responsabilidade. O documento é atualizado a cada seis meses e traz o acompanhamento das obras para a realização do evento esportivo.
A infraestrutura de energia é composta por duas linhas de transmissão para o Parque Olímpico em 138 kV, oriundas das subestações Gardênia e Barra II, e pela subestação Olímpica 138 kV/13.8 kV que será responsável pela distribuição da média tensão no interior do local. As linhas estão orçadas em R$82 milhões e a subestação em R$ 70,8 milhões.
Também estão inclusas duas linhas de distribuição de 13,8 kV oriundas das subestações Guadalupe e Padre Miguel para o Complexo Esportivo de Deodoro, orçadas em aproximadamente R$13,4 milhões.
Após relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontar que as obras para o setor estavam entre pontos críticos para os Jogos Olímpicos, a Autoridade Pública Olímpica (APO) informou que, à época da auditoria, as primeiras análises sobre os compromissos de energia “ainda não apresentavam maturidade suficiente para o nível de questionamento” do órgão.
Entretanto, no período final de auditoria, novos pareceres foram dados pela APO sobre o nível das obras, conforme os processos com o Governo Federal foram sendo finalizados. Conforme apontou relatório do TCU, o conjunto referente à energia elétrica foi o único elencado como sendo de responsabilidade do governo, tanto no aporte de recursos quanto na execução das obras.
“O tema energia é de extrema importância para a organização dos Jogos, tanto que dispõe de um grupo de trabalho, com a participação dos presidentes das empresas de transmissão e distribuição envolvendo o Estado do Rio de Janeiro, os presidentes da EPE, Aneel, ONS e APO, Secretaria de Energia do Estado do Rio de Janeiro, coordenado pelo secretário de Energia Elétrica do MME, Ildo Grudtner e também um Grupo de Trabalho Operacional, sob coordenação da APO, composto de técnicos representantes do Governo Federal, Estadual, Municipal e Comitê Rio 2016”, apontou nota enviada pela Autoridade Pública.
No documento de análise do Tribunal era destacado como preocupação que, os custos dos sistemas de distribuição e de transmissão seriam repassados aos consumidores através da tarifa de energia.
“Todo esse contexto suscitou dúvidas sobre o custo total da obrigação relacionada à energia elétrica contida na Matriz e sobre o modelo a ser adotado para viabilizar os projetos de energia elétrica destinados aos Jogos, principalmente no que tange ao real benefício para a sociedade, considerando que as obras serão custeadas com recursos públicos federais”, aponta relatório.
Fonte: JornaldaEnergia
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