Entrevista: Dr. Hélvio Guerra da SCG/ANEEL comenta

Redação: Dr. Hélvio, no final do mês de fevereiro de 2016, a ANEEL divulgou o relatório “Situação das PCHs da ANEEL em 2015 e 2016”, o senhor poderia comentar o crescimento dos números das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)?

Dr. Hélvio: “O aumento nos números ocorreu em razão de vários fatores, dentre eles a fusão da SGH (Superintendência de Gestão e Estudos Hidroenergéticos) e da SCG, ficando todas as atividades relacionadas às outorgas de geração em uma mesma área da ANEEL. Além disso a mudança de foco nos procedimentos de análise, atribuindo-se maior autonomia ao trabalho de engenharia desenvolvido pelos projetistas, enfatizando a verificação da adequação dos projetos básicos aos inventários”.

“Foi muito importante o apoio da diretoria da ANEEL e das associações do setor na elaboração dos novos marcos regulatórios relativos aos inventários e às PCH (Resoluções Normativas 672 e 673 de 2015); e a nova definição de PCH que ampliou os empreendimentos passíveis de enquadramento e estimulou a implantação de aproveitamentos com regularização de vazões, como razões que contribuíram para o aumento dos números.”

Redação: Qual foi a importância desse crescimento para o país?

Dr. Hélvio: “O crescimento do número de projetos básicos de PCH analisados pela ANEEL permite que se viabilizem novos empreendimentos de geração, ampliando a potência instalada no país. Se todos os 143 empreendimentos se viabilizarem, são estimados em torno de R$ 13 bilhões em novos  investimentos.”

Redação: Qual importância do crescimento da porcentagem das PCHs nesse processo?

Dr. Hélvio: “O aumento do número de PCH mantém a diversificação da matriz elétrica nacional, que passa a contar com uma energia limpa, de pequenos impactos ambientais, localizadas próximo a carga, promovendo, além disso, o desenvolvimento regional e o fortalecimento da cadeia produtiva nacional, visto que as PCHs utilizam de uma tecnologia dominada pelo país.”

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