A Usina Hidrelétrica Sobradinho iniciou nesta sexta-feira (11/3) a implantação do projeto de pesquisa e desenvolvimento para exploração de energia solar com uso de flutuadores. No lançamento, foi acionado um protótipo com cerca de 60 m² de área, que permite, de forma didática, visualizar em monitores a geração da energia pelos painéis fotovoltaicos. Participaram da cerimônia o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, o presidente da Chesf, José Carlos de Miranda Farias, o representante da empresa Sunlution, executora do projeto, Orestes Gonçalves, e o idealizador dos flutuadores, Bernard Prouvost, da empresa francesa Ciel et Terre, além de outras autoridades e profissionais do setor elétrico.
O sistema consistirá de flutuadores com placas solares em área de 50 mil metros quadrados, equivalente a cinco campos de futebol, em Sobradinho e em Balbina (AM). Em cada usina, o sistema irá gerar 5 MW, sendo que na primeira etapa, no segundo semestre, será atingida a montagem de 1 MW (um campo de futebol). O ministro Eduardo Braga previu que, após os estudos, que deverão ser concluídos em 2019, o sistema poderá ser ampliado para 200 a 300 MW, nas duas usinas. De acordo com o ministro, caso o modelo seja viável, ele poderá ser aplicado em até seis hidrelétricas no São Francisco. “Caso os estudos sejam positivos, e a inovação testada, vamos expandir o modelo que tem forte possibilidade de crescimento no Brasil”, afirmou. Braga enumerou as vantagens da geração solar em flutuadores: mais eficiente, mais limpo sob o ponto de vista ambiental e mais barato para o consumidor.
O estudo será conduzido por pesquisadores das universidades federais do Amazonas e de Pernambuco, com acompanhamento do governo federal. Eles irão analisar questões diversas, desde viabilidade econômica para expansão em grande escala até possíveis impactos ambientais.
Fonte: MME
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