Dobrar cota de energia renovável salvaria 4 milhões de vidas

Duplicar a participação global das energias renováveis ​​até 2030 ajudaria a diminuir drasticamente as emissões de gases nocivos para a saúdehumana e salvar 4 milhões de vidas por ano até 2030.

 

A estimativa é de um estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, em inglês), que quantifica os custos sociais, econômicos e ambientais relacionados aos combustíveis fósseis.

 

Segundo o relatório, dobrar a cota de renováveis na matriz energética mundial diminuiria as emissões perigosas de poluentes como o amoníaco, material particulado (PM10 e PM 2.5), compostos orgânicos voláteis e dióxido de enxofre em 82%, 33%, 27% e 12%, respectivamente.

 

Menos poluição atmosférica resultaria em uma economia de até US$ 3,2 trilhôes por ano até 2030, devido à redução dos custos relacionados com a saúde. Em termos absolutos, China, Índia, Indonésia e os EUA teriam a maior economia nessa seara.

 

A entidade lembra que as energias renováveis já ​​competem lado a lado com as fontes de combustível tradicionais, e saem vitorisoas. E destaca que quando todos os custos e benefícios relacionados são considerados, as energias renováveis ​​se tornam uma opção ainda mais atraente.

 

De acordo com Dolf Gielen, diretor do centro de inovação e tecnologia da IRENA, a fim de compreender o verdadeiro custo da energia, e tomar decisões políticas em conformidade, os custos externos associados ao uso de combustíveis fósseis devem ser incorporados nos preços de energia.

 

"Hoje, quatro dólares são gastos para subsidiar o consumo de combustíveis fósseis para cada um dólar gasto para subsidiar as energias renováveis. Com o petróleo, o gás e os preços do carvão atualmente em mínimos históricos, agora é mais fácil do que nunca para os governos corrigir esse problema", diz Dolf Gielen, em nota.

 

Ainda de acordo com o relatório, sob as políticas e planos nacionais atuais, a demanda por combustíveis fósseis irá crescer 40% entre 2010 e 2030, aumentando as taxas atuais de poluição do ar.

 

Fonte: Revista Exame

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