STF abre inquérito contra quatro senadores por Belo Monte

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou nesta terça-feira (14/6) abertura de inquérito para investigar quatro senadores do PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA).

 

A abertura de inquérito foi solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em maio, e tem como base os depoimentos de delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, antigo líder do governo no Senado e que teve o mandato cassado pelos colegas depois de ser preso pela Operação Lava Jato.

 

O inquérito tramita em segredo de Justiça e apura suposto pagamento de propina na construção da usina Belo Monte. O senador Edison Lobão (PMDB-MA) já é investigado no Supremo pelo mesmo motivo. Lobão foi ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma Rousseff.

 

Segundo Janot, Delcídio disse na delação que houve pagamento de “ao menos R$ 30 milhões, a título de propina pela construção de Belo Monte, pagos ao PT e ao PMDB” e que o dinheiro pago ao PT foi destinado à campanha da presidente afastada Dilma Rousseff.

 

Em 20/5, após tomarem conhecimento do pedido de investigação de Janot, os senadores rebateram as declarações de Delcídio.

 

Em nova manifestação divulgada hoje, por meio de sua assessoria, Calheiros reafirmou que "não recebeu vantagens de quem quer que seja e reitera que as ilações do ex-senador Delcídio do Amaral não passam de delírios. O senador permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos.”, segundo a nota.

 

Barbalho disse que está à disposição da Justiça. “Jamais recebi dinheiro de Belo Monte. Aliás, nunca estive por lá”, declarou. Jucá disse que as declarações do ex-senador são genéricas e sem nenhum dado concreto. “A delação não aponta nenhum fato concreto, não fala em que circunstância teria ocorrido qualquer irregularidade. É uma citação genérica e sem qualquer base fática”, disse o senador, que foi ministro do Planejamento do governo provisório de Michel Temer nos primeiros dias.

 

Fonte: Brasil Energia

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