A primeira fase do trabalho de desassoreamento do reservatório da hidrelétrica Risoleta Neves, também conhecida como Candonga, deve começar nas próximas semanas. A previsão é avançar com a operação à tempo de permitir que a barragem receba maior volume de água resultante da próxima estação chuvosa, em outubro, passando a gerar energia e acordo com as possibilidades. O plano de dragagem apresentado pela mineradora depende de liberação do governo, para início das atividades.
Para que as dragas possam retirar os rejeitos antes do período de maior afluência, as comportas de Candonga ficarão parcialmente fechadas por até cinco dias, visando elevar o nível da água até a cota 316,4m. As equipes técnicas e de segurança devem ficar de plantão durante todo o procedimento para prestar informações e suporte, garantindo a segurança da operação.
Estima-se que há algo em torno de 9 milhões de metros cúbicos de rejeitos acumulados no reservatório da usina e que impendem seu funcionamento, sob risco de danos sérios aos equipamento geração. Depósitos de lama se formaram junto à entrada d’água das turbinas, o que exigiu o fechamento parcial das comportas do lado de montante.
A usina está parada desde o ano passado, quando do rompimento da barragem de rejeitos de Mariana, cidade situada a 120 de quilômetros de distância.
A situação das estruturas de concreto da hidrelétrica é considerada estável, mas a paralisação da geração de energia impede que a companhia cumpra seus contratos de suprimento. A indenização pelos prejuízos decorrentes da interrupção de compromissos é outra questão de discussão, independentemente da limpeza do local. Concluída em 2004, Candonga pertence à Aliança, joint venture entre a Cemig e a Vale. Tem capacidade instalada de 140 MW.
Fonte: Brasil Energia
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