Ganhos com eficiência energética na indústria são estimados em 40% até 2030

Os ganhos com eficiência energética esperados para a classe industrial em 2030 devem chegar a 40%. Através de mecanismos como o fortalecimento dos programas de etiquetagem de equipamentos e edificações, fixação de índices mínimos de consumo e incentivo às redes inteligentes, o compromisso fechado no COP 21, em abril, pode levar a ganhos também de 31% no setor residencial e 26% no comercial.

 

Os dados estão no estudo que serviu de base para os compromissos do Acordo de Paris, publicado pela EPE nesta segunda-feira (27/6). No geral, o país acordou a meta de 10% de ganhos de eficiência energética no setor elétrico até 2030, o que equivale a cerca de  105 TWh conservados no período.

 

Entre os grandes consumidores industriais, as maiores reduções são esperadas nos segmentos de alumínio primário, com previsão de queda de 14.826 TWh/tonelada produzida em 2013 para 13.326 TWh/tonelada produzida em 2030; petroquímica, de 1.573 TWh/tonelada para 1.486 TWh/tonelada; e aço bruto, de 507 TWh/tonelada para 443 TWh/tonelada produzida no mesmo período.

 

Parte dessa eficiência “envolve o movimento tendencial do consumidor final de energia, motivado tanto pelo ambiente regulatório existente quanto por decisões individuais. Nesse caso, incluem-se decisões de troca de equipamentos ao final da vida útil, efeitos de políticas, programas e ações de conservação vigentes no país”, como explica a EPE no estudo.

 

Para alcançar os resultados planejados, o governo pretende também viabilizar ações de políticas públicas em todas as classes de consumo, com a criação de programas setoriais de conservação de energia e fortalecimentos dos já existentes. 

 

Residencial

 

Nas residências, o serviço energético de maior destaque é o de entretenimento, com ganhos estimados em 18,2% no horizonte do acordo, seguido da climatização, com 15,7%. O órgão explica que o principal responsável pela eficiência será a substituição de dispositivos antigos por novos, mais eficientes.

 

Ganhos possíveis

 

Na última quinta-feira (23/6), durante reunião do Conselho de Energia da Firjan, o diretor da PSR, Rafael Kelman, afirmou que as metas brasileiras podem ser mais ambiciosas e apontou ganhos possíveis de até 20% na eficiência energética até 2030, se implementadas ações mais eficientes.

 

Com a estimativa do estudo da consultoria, o país seria capaz de alcançar redução de até 27% nas tarifas de energia até aquele ano, enquanto no acordo fechado pelo governo, a redução nas tarifas fica na base dos 17%.

 

Fonte: Brasil Energia

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