O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, disse que Belo Monte eventualmente poderá ter problemas de energia a partir do início de 2018, quando estiver em operação comercial um volume expressivo de unidades geradoras.
Inicialmente, a energia está sendo escoada por uma linha alternativa, em corrente alternada, que parte de Xingu. Esse sistema alternativo permite o escoamento de uma carga equivalente à geração de cinco a seis unidades geradoras da hidrelétrica, que possui potência total de 11.233 MW, dividida entre 18 turbinas na casa de força principal.
Após participar do Brasil Solar Power, Barata explicou que o escoamento não deve ser problemas ao longo de 2017, já que durante o período seco, mesmo que entre em operação mais de cinco ou seis unidades geradoras, não haveria água suficiente no rio para produção de energia.
A linha de transmissão que liga a usina ao Nordeste, que teria que estar em operação em agosto deste ano, inicialmente, estava a cargo da Abengoa, que a abandonou após a quebra da empresa na Espanha. Se a linha estivesse no prazo, ajudaria a enviar energia de Belo Monte para o Nordeste, o que ajudaria na recomposição dos reservatórios da região, ainda com níveis preocupantes em pleno período seco.
A usina já começou a operar comercialmente, com quatro turbinas em funcionamento, duas delas na casa de força principal. Além disso, o linhão que liga a hidrelétrica ao Sudeste do país, sob encargo da State Grid, deve ser concluída em fevereiro de 2018.
Segundo ele, não houve mudança de mercado e a Aneel ainda não desisitu de uma solução de mercado para as linhas da Abengoa. Uma proposta em estudos é permitir que empresas que possuam obras na região da usina possam cumprir parte da construção da linha.
Fonte: Brasil Energia
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