Os trabalhos de atualização do Plano Paulista de Energia (PPE) ganharam embalo a partir de encontro realizado ontem (5/7), com a participação de integrantes de todos os comitês que compõem o Conselho Estadual de Política Energética (CEPE). Dezenas de especialistas se reuniram para um balanço dos avanços obtidos até o momento na renovação do estudo.
Elaborado em 2012, o PPE 2020, com pouco mais de 200 páginas, deverá passar por mudanças radicais porque, conforme avalia o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, o país vive um momento de “mudança estrutural”. A ideia é que o esforço também possa servir de referência ao Ministério de Minas e Energia na revisão na matriz energética nacional.
Não apenas São Paulo, mas os demais estados vêm se queixando sistematicamente de que o planejamento ficou concentrado demais no plano federal, desde a mudança do modelo do setor de energia, em 2003, tendo a EPE sempre à frente do controle total do desenho da matriz.
Um dos pontos que deve ganhar destaque diferenciado no novo PPE é justamente o capítulo dedicado à participação do gás natural. Estão em exame algumas estratégias para intensificar o uso do combustível no estado de São Paulo, bem como identificar gargalos em contexto nacional. São Paulo tende a ser cada vez mais relevante nessa indústria, não como player, mas principalmente no fornecimento industrial para o setor, segundo avalia Meirelles. O consultor Zevi Kann, que já esteve à frente da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do estado (Arsesp), ficou como coordenador do comitê técnico sobre petróleo e gás natural.
Outra área que se sobressai também é a dedicada à biomassa de cana, seja como matéria-prima para produção de etanol ou como combustível para cogeração de energia elétrica, por conta dos compromissos assumidos pelo governo brasileiro junto à COP 21, realizada em Paris.
Fonte: Brasil Energia
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