A Celg Distribuição deve ser uma das primeiras concessões a serem colocadas à venda pelo governo federal ainda este ano. De acordo com o secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Tarcísio Gomes de Freitas, o objetivo é negociar a concessão da distribuidora goiana em leilão até o fim deste ano.
O conselho do PPI aprovou novo valor de venda da Celg, de R$ R$ 1,791 bilhão, quase 37% abaixo do inicialmente pretendido, de R$ 2,82 bilhões. O preço considera a parcela de 51% da Eletrobras e o restante detido pela Goiaspar, empresa de participações do governo de Goiás.
A redução já era esperada pelo mercado e já vinha sendo sinalizada, conforme publicado pela Brasil Energia. A distribuidora chegou a ter leilão marcado para o dia 19 de agosto, mas o certame foi cancelado dias antes, devido à ausência de interessados em participar do leilão.
As empresas que tinham intenção de comprar a companhia estariam assustadas com o valor proposto. No mercado, um dos nomes que circulavam como potenciais compradores era da chinesa State Grid, que recentemente comprou a fatia de 23% da CPFL Energia por R$ 5,85 bilhões e sinalizou ter interesse em adquirir a participação dos fundos de pensão.
Demais distribuidoras
Após participar do Fórum Nacional, realizado nesta quarta-feira (14/9) na sede do BNDES no Rio de Janeiro, Freitas contou que o leilão das demais distribuidoras fica para 2017, uma vez que ainda é necessário realizar uma série de análises para a modelagem da venda. Como exemplo, ele citou o caso da Amazonas Energia, que não pode ser vendida enquanto não houver solução para o impasse da dívida pelo fornecimento de gás natural – que encontra-se em patamar bilionário.
No entanto, Freitas assegurou que o leilão não pode passar de 2017, tendo em vista que a Eletrobras atua nessas distribuidoras na condição de operadora temporária.
Fonte: Brasil Energia
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