MME quer mais transparência e redução de subsídios, diz Fernando Coelho Filho

Tratar os agentes do setor energético-mineral com transparência, sem favorecer um segmento em detrimento do outro. Essa é o papel do Ministério de Minas e Energia na visão do ministro Fernando Coelho Filho. Na abertura do Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional, promovido pelo Canal Energia, nesta sexta-feira (4/11), em Recife, o ministro destacou que o MME está aberto ao debate. 

 

"Vamos tratar o setor com a transparência que ele tem de ser tratado, e não para incentivar a política de a, b ou c. Não estou falando de política eleitoral, mas sim de política de determinados segmentos", afirmou Coelho Filho.

 

A redução dos subsídios também é um dos focos do MME, evitando distorções que acabam caindo na conta de luz do consumidor. "O MME soltou uma consulta pública para reduzir encargos no setor elétrico. Não dá para o consumidor pagar mais subsídio do que paga toda a distribuição na ponta. Temos de apontar o caminho para que o consumo do brasileiro saia desse tipo de subsídio", disse Fernando Coelho Filho. 

 

Como exemplo do novo momento virtuoso que vive o setor energético, o ministro apontou o recente leilão de linhas de transmissão, que vão gerar investimentos de R$ 11,6 bilhões, e a retomada da confiança do investidor nas empresas do setor, evidenciada pela valorização das ações da Eletrobras e da Petrobras. Ele citou como exemplo o comunicado do fundo soberano de Cingapura, realizado ontem, de que aumentou sua participação nas ações da Eletrobras no mercado internacional. 

 

"O que aconteceu com a Eletrobras no passado não se trata só de atrasar uma obra, de ter acarretado prejuízo com uma taxa interna de retorno, mas nós estamos falando da vida de milhares de funcionários da Eletrobras que dedicaram a vida toda de serviços a ela, que são detentores de suas ações e que por conta de um passado que a gente quer esquecer na companhia vão se aposentar com menos dinheiro", disse o ministro. "Queremos poder restabelecer a lógica econômica dentro da Eletrobras, que não vai mais entrar em projetos com taxa de retorno patriótica. Ela vai poder escolher o projeto que a interesse e ser indutora de investimentos", afirmou. 

 

Aos jornalistas no final do evento, o ministro afirmou que outros avanços estão sendo percebidos também na área de petróleo e gás. Em Pernambuco, a sequência das tratativas de venda da petroquímica de Suape por um grupo mexicano também são fruto dessa renovação da confiança dos investidores. 

 

"Esperamos que as negociações possam evoluir para que a petroquímica possa voltar a operar, trazendo emprego e renda", afirmou Coelho Filho.

 

Fonte: MME

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