De acordo com o Índice de Desempenho de Mudanças Climáticas de 2017, apresentado na última quarta-feira (16/11) paralelamente à conferência da ONU sobre o clima em Marrocos (COP22), nenhum país está alterando sua matriz energética em ritmo rápido o suficiente para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius. A análise realizada por diversas organizações, como a Germanwatch, avalia as políticas e ações nacionais para deter o aquecimento global de 58 países, responsáveis por 90% das emissões de CO2relacionadas com combustíveis fósseis.
O ranking dos países é liderado pela França, em parte devido ao seu papel na condução do histórico Acordo de Paris, assinado na capital francesa em dezembro passado. O país ocupa a quarta posição do ranking, cujos primeiros três lugares ficaram simbolicamente vazios, já que nenhum grande emissor está fazendo o suficiente para atingir as metas do acordo de Paris. A Suécia e o Reino Unido seguem a lista, devido, principalmente, a políticas postas em prática por governos que já não estão no poder.
Mudança na liderança global
O relatório aponta que a União Europeia, de forma geral, vem perdendo o protagonismo nas políticas de incentivo às energias renováveis. "Este ano, o Índice de Desempenho de Mudanças Climáticas confirma que muitos países da UE, incluindo o Reino Unido, a Suécia, a Dinamarca e a Alemanha, correm o risco de perder o seu papel de liderança no desenvolvimento de energias renováveis. Vários Estados-Membros da UE reduziram os investimentos em energias renováveis e eficiência energética, questionaram os objetivos de mitigação acordados a longo prazo ou não estabeleceram o quadro político necessário para cumprir os seus objetivos a curto prazo”, observa o diretor da Climate Action Network, Wendel Trio. A Dinamarca, que vinha liderando as últimas quatro edições do índice, ficou no 13º lugar no ranking este ano.
Por outro lado, há tendências positivas entre economias emergentes do G20, como a Índia (20º lugar), a Argentina (36º) e o Brasil (40º), todos com melhores posições neste ano. Marrocos, anfitrião do COP 22, é visto como líder no continente africano para o desenvolvimento das renováveis e ficou no 8º lugar do ranking.
Canadá, Austrália e Japão ficaram com as piores posições do ranking, embora as recentes mudanças de governo em Camberra e Ottawa permitam antecipar futuras melhorias. Os Estados Unidos (43º), o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo depois da China, obtiveram uma classificação "pobre", perdendo terreno em todas as categorias, segundo o relatório. Já a China ficou no 48º lugar entre as nações.
No Acordo de Paris, 196 países se comprometem a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2ºC e, se possível, abaixo de 1,5ºC.
Fonte: Brasil Energia
Tenho interesse em eventual geração de energia a partir de córrego de água.
Gostaria de tomar conhecimento das possibilidades.
Obrigado,