Segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, este forte crescimento é explicado pelo facto de as temperaturas terem ficado muito abaixo das verificadas em janeiro do ano anterior, que tinha sido um mês anormalmente quente.
Com a correção dos efeitos de temperatura e do número de dias úteis, a variação do consumo de eletricidade registou uma ligeira queda, de 0,4%, entre janeiro de 2016 e de 2017.
Em janeiro, 46% do consumo nacional foi abastecido por produção renovável, repartindo-se pela hidráulica com 17%, eólica 23%, a biomassa 5% e fotovoltaica 1%.
As afluências às barragens continuaram baixas em janeiro – devido a um mês pouco chuvoso – com o índice de produtibilidade respetivo a registar apenas 0,36, o quarto valor mais baixo de sempre para o mês de janeiro (registos desde 1971).
Na produção eólica as condições foram também negativas, embora menos afastadas dos valores normais com o índice de produtibilidade respetivo a registar 0,92.
Por outro lado, a produção não renovável abasteceu 54% do consumo, repartida pelo carvão (com 25%) e pelo gás natural (com 28%).
O saldo de trocas com o estrangeiro mantém a tendência exportadora verificada no ano anterior equivalendo o saldo respetivo a cerca de 5% do consumo nacional.
Segundo a REN, no dia 2 de janeiro, às 18 horas, o sistema nacional registou o valor mais elevado de sempre na exportação, com 3.643 megawatts.
No mercado de gás natural, o consumo teve uma variação homóloga de 48%, com crescimento tanto no segmento de produção de energia elétrica – que quase triplicou o consumo de janeiro do ano anterior – como no convencional onde se registou um crescimento homólogo de 16%.
Fonte: Jornal de Notícias
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