O Banco Mundial estima que para atingir a meta de levar energia sustentável, acessível e confiável para todas as pessoas no mundo até 2030, serão necessários investimentos de US$ 1 trilhão ao ano. A maior parte desse investimento deve vir do setor privado, mas só deve ser puxada através de políticas específicas de incentivo, defende a instituição.
Partindo dessa premissa, o BM lançou nesta semana um relatório em que analisa o ambiente regulatório e políticas locais de 111 países para três pilares da a energia sustentável: eficiência energética, universalização do acesso a energia e uso de energias renováveis.
O relatório mostra que, embora 80% dos países analisados tenham algum tipo de política para a energia sustentável – básicas, como estabelecer metas de participação de renováveis – ainda há um grande espaço para evoluir antes de alcançar as metas estabelecidas pela ONU. Dos países analisados, um terço tem um arcabouço político e legal considerado “avançado” para o desenvolvimento da energia sustentável.
O relatório estabelece uma pontuação de 0 a 100 para as políticas dos países pesquisados, sendo 0 a 33 considerado ruim, 34 a 66 regular e 67 a 100 bom.
Enquanto os países têm prestado atenção à energia renovável, a eficiência energética é mais negligenciada. O Brasil é um exemplo: tem uma boa pontuação para políticas de uso de renováveis e de universalização de energia, mas o incentivo regulatório a eficiência energética é considerado “regular”.
O relatório cita, por exemplo, que o país, apesar de cobrar encargos pela conexão de clientes industriais à rede, não taxa o consumo de energia. Para o BM, há a oportunidade de chamar atenção desses clientes sobre seu nível de consumo através da taxação.
Fonte: Brasil Energia
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