Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 28 de fevereiro apontam que alguns segmentos da indústria avaliados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, registraram crescimento no consumo de energia no período. Os destaques são saneamento (+81,7%), veículos (+51%), têxtil (+23,4%) e metalurgia e produtos de metal (+3,7%) impulsionados pela migração de agentes do mercado regulado. Mesmo sem o efeito da migração, os setores registram crescimento de 6,7%, 5,2%, 1,9% e 1,7%, respectivamente, caracterizando uma leve recuperação na atividade desses segmentos.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, registrou aumento de 18,5% no consumo, análise com as cargas novas vindas do mercado cativo. Ao desconsiderar esse impacto, haveria queda 1,3%.
Já no consumo do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, montante diretamente impactado pela migração de consumidores para o mercado livre, os números apontam queda de 5,5% no consumo, índice que cresceria 0,9%, caso o efeito das migrações fosse desconsiderado.
No contexto geral, o consumo ficou estável e a geração de energia elétrica no país cresceu 0,6%, na comparação com o período de 3 de fevereiro a 1º de março de 2016. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O volume de energia produzido em todo o Sistema, em fevereiro, foi de 66.789 MW médios. O destaque no período é o aumento de 6,1% na geração das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. A representatividade da fonte chegou a 83% sobre toda energia produzida no país, índice 4,4 pontos percentuais superior ao registrado em fevereiro de 2016. Também houve aumento na produção de energia eólica (+10,6%) e queda no desempenho das usinas térmicas (-27,6%), número explicado pela menor geração de usinas movidas a óleo diesel (-56,3%) e a bicombustível gás/óleo (-38%).
O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em fevereiro, o equivalente a 108,8% de suas garantias físicas, ou 51.715 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 97%.
Clique aqui para acessar a íntegra do boletim InfoMercado Semanal da CCEE.
Fonte: CCEE
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