O setor de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), que pressiona o governo para participar do leilão previsto para o segundo semestre, aponta uma falta de isonomia entre as fontes, principalmente em relação à eólica.
"Se houver espaço para todos, ótimo. Se não, pediremos prioridade. Desde 2009, nossa contratação é muito menor que a do setor eólico, e nossa energia é mais barata", diz Paulo Arbex, presidente da Abrapch, entidade das PCHs.
O setor também se queixa de desigualdade tributária. A expansão eólica ocorreu devido aos preços mais atrativos em um momento estratégico, avalia Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica. "Essa falta de isonomia não existe. O governo distribui bem — agora, tem que ver a competitividade da fonte. Mas não há disputa no setor."
O segmento de biomassa, que também pleiteia espaço no certame, se queixa que não participa dos leilões de reserva do governo desde 2011. "Foi uma decisão política: houve para eólicas, solares, PCHs, mas biomassa, não", diz Zilmar de Souza, da Unica, que representa a indústria. Para o setor solar, há espaço para todas as fontes no curto prazo, mesmo que a contratação não seja no nível ideal, avalia Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar.
Fonte: Folha de São Paulo.
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