PLD apresenta redução com melhora no cenário hidrológico

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou nesta segunda-feira (27/11), durante o InfoPLD ao vivo (exibido em www.ccee.org.br/aovivo), análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD de novembro e início de dezembro. A melhora nas afluências nos últimos dois meses do ano indica a chegada do período úmido e reflexo imediato no PLD da primeira semana de dezembro. Há redução da média anual para R$ 326/MWh e a projeção para 2018 indica possibilidade do PLD chegar aos R$ 100/MWh nos meses de abril e maio.

Segundo o gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi, houve melhora significativa nas afluências de novembro e nas previstas para dezembro, principalmente nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, com vazões próximas ou superiores à média histórica para o período. Em dezembro, as ENAs esperadas devem ficar em 100% da média no Sudeste/Centro-Oeste, 125% no Sul, 58% no Nordeste e em 62% no Norte. “Essa importante recuperação nas afluências do Sudeste e do Sul, a partir de novembro, caracteriza a chegada do período úmido com índices dentro da média histórica, sendo um bom sinal para a retomada de geração do sistema hidrelétrico”, destaca.

Por isso, o PLD foi diretamente impactado e apresentou queda significativa (-54%) no valor da primeira semana de dezembro, ao ser fixado em cerca de R$ 209/MWh em todo o país. O preço médio para 2017 também caiu para R$ 326/MWh e a projeção indica tendência de queda para os próximos meses.

“Nota-se ainda o impacto da melhora na hidrologia nos principais reservatórios do Sistema”, lembra Sacchi. O armazenamento registrou elevação de 0,6% no Sudeste com os níveis chegando a 18,3%. No Sul, houve recuperação mais expressiva (+11,3%) nos níveis, que devem atingir 60,4% da capacidade ao final novembro. Nos reservatórios do Nordeste (-0,7%) e do Norte (-3,1%), há registro de queda nos níveis.

O fator de ajuste do MRE esperado para 2017 deve ficar em 79%, considerando o perfil de sazonalização de Garantia Física (GF) declarado pelos agentes desse mecanismo, com índices em 66,2% em novembro e 80,7% em dezembro. Já a projeção do MRE referente à repactuação do risco hidrológico, que leva em conta a sazonalização “flat” da garantia física, deve ficar em 70,5% em novembro e em 81,2% para o último mês do ano.

A análise do MRE implica no impacto financeiro, em um cenário hipotético de 100% de contratação, na ordem de R$ 40 bilhões para 2017, sendo R$ 27 bilhões referentes ao Ambiente de Contratação Regulada – ACR e R$ 13 bilhões ao Ambiente de Contratação Livre – ACL.

Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS, em novembro, devem ficar em R$ 43,5 milhões e em R$ 48 mi para dezembro. O custo decorrente do descolamento entre o CMO e o PLD deve atingir R$ 4,2 milhões em novembro, com previsão nula para dezembro.

 

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Fonte: CCEE.

 

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