O consumo de energia no ano passado ficou em 463.904 TWh, um aumento de 0,8% na comparação com o ano de 2016. Este é o primeiro resultado positivo dos últimos três anos, informou a Empresa de Pesquisa Energética em seu boletim Resenha Mensal com os dados consolidados de 2017. Esse volume de energia equivale ao mesmo patamar registrado no ano de 2015. Na base mensal o consumo de energia na rede totalizou 39.288 GWh em dezembro, representado crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2016.
Todas as regiões do país apresentaram elevação no consumo em dezembro, com destaque para o Sudeste onde a demanda ficou 1,7% mais elevada (0,3% de aumento no ano), no Sul o índice alcançou 2,5% (3% no ano) e no Centro-Oeste com crescimento de 3,1% no mês (1,9% no ano).
O consumo cativo teve redução de 3% em dezembro e de 5,6% em 2017, a migração de consumidores desse
mercado favoreceu o aumento do consumo livre, que foi de 13,7% no mês e de 18,4% no ano. Apesar disso, o clima e o ciclo de faturamento fizeram o consumo residencial crescer 0,3% no mês e 0,8% no ano. Por sua vez a classe industrial aumentou 4,4% na base mensal e 1,3% no ano. Enquanto isso a comercial apresentou elevações de 1,4% e 0,3%, respectivamente.
O consumo das indústrias no mês ficou em 13.977 GWh, elevação de 4,4% em relação ao mesmo mês de
2016, a maior taxa do ano. Contudo, ressaltou que neste ano houve dias úteis a menos ante dezembro do ano anterior. Mesmo assim, destacou a EPE, é a terceira ata seguida em série das médias móveis de 12 meses da demanda industrial, indicando uma trajetória de alta, ante que suave. Entre os segmentos industriais que elevaram o consumo estão na produção de aço bruto (19,2%) e de laminados de aço (26,6%), impulsionados pelos setores de veículos, eletrodomésticos e de bens de capital, o que, na avaliação da empresa, ajudou a estimular o consumo do setor metalúrgico em dezembro, que ficou 11% mais elevado. Na base anual, todas as regiões do país registraram avanços na demanda em 2017, com exceção do Nordeste que recuou 1,9%, sua terceira queda anual consecutiva, anotando assim, em 2017, o menor consumo industrial para o ano na série monitorada pela EPE desde 2004.
Sobre os volumes de consumo residencial, a EPE apontou que no mês fatores como temperatura mais amena
e ciclo de faturamento com menos dias atuaram para reduzir o resultado. Ao se expurgar o efeito do ciclo menor de faturamento, o crescimento verificado seria de aproximadamente 1%, apontou. Esse resultado mensal, continuou, reforça o entendimento de que o consumidor tem reagido à melhora da economia, mas com cautela. O crescimento anual de 0,8% ganhou um reforço no segundo semestre com crescimento de 1,4% ante 0,6% da primeira metade do ano. A melhoria da economia é citada como um dos vetores que podem ter auxiliado no crescimento do consumo.
Já a terceira maior classe de consumo, a comercial encerrou com crescimento mensal de 1,4% e anual de 0,3% é também atribuído ao ritmo de retomada da economia.
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Fonte: Canal Energia.
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