Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 12 de junho apontam queda de 3,2% no consumo e de 2,8% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN, nas primeiras duas semanas de junho, alcançou 57.143 MW médios, montante 3,2% inferior ao consumido no mesmo período do ano passado. A retração ocorreu tanto no mercado livre como na energia fornecida pelas distribuidoras, quando são desconsideradas as migrações de um ambiente para outro.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo caiu 3%, índice que considera a migração de cargas para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, haveria queda de 1,8% no consumo.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo caiu 3,6%, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. A queda no consumo seria de 6,3% sem o movimento dos agentes na análise.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, o setor de extração de minerais metálicos (+0,7%) foi o único a registrar ligeiro aumento no consumo desconsiderando a migração, enquanto os demais segmentos, em especial o têxtil (-21,8%) e o de manufaturados diversos (-13,7%) apresentaram índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário.
Em junho, a geração de energia no Sistema chegou a 60.058 MWmédios, índice 2,8% menor quando comparado à produção de energia em 2017. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, caiu 10,8%, enquanto a produção de eólicas e térmicas cresceu 26,8% e 14,7%, respectivamente.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em junho, equivalente a 70,9% de suas garantias físicas, ou 38.803 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 70,8%.
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