Nota do MME sobre a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico

Expansão do SIN em 2018 totaliza 2.948 MW de capacidade instalada de geração

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) destacou, em sua reunião realizada nesta quarta-feira (4), que entraram em operação comercial 841,6 MW de capacidade instalada de geração. Em relação à transmissão, entraram em operação 596 km de linhas de transmissão e 640 MVA de transformação na Rede Básica. Assim, a expansão do sistema no ano 2018, até o mês de junho, totalizou 2.948,9 MW de capacidade instalada de geração, 2.758 km de linhas de transmissão e 9.546 MVA de transformação na Rede Básica.
Foram apresentados os resultados do Plano da Operação Energética (PEN 2018/2022), que avalia as condições de atendimento ao mercado de energia elétrica para os próximos cinco anos.  Os estudos concluíram que há equilíbrio estrutural e garantia de atendimento em todo o horizonte.
 
Continua garantido o suprimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN), com risco de déficit de energia em 2018 igual a 0,3% para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 0,0% para o subsistema Nordeste.
  
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)  
Nota Informativa – 4 de julho de 2018
  
O CMSE esteve reunido nesta quarta-feira, 4 de julho de 2018, com o objetivo de analisar as condições de suprimento eletroenergético em todo o território nacional, e divulga, de forma preliminar, os principais pontos tratados pelo colegiado:
 
  • Leilão de Transmissão nº 2/2018: A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL apresentou os resultados do Leilão de Transmissão nº 2/2018, realizado no dia 28 de junho de 2018, quando foram licitados 2.562 km de linhas de transmissão e 12.226 MVA de capacidade de transformação, com investimento previsto da ordem de R$ 6 bilhões. O leilão contratou 100% dos 20 lotes licitados, com deságio médio de 55,26%, que corresponde a uma economia ao consumidor brasileiro de energia elétrica da ordem de R$ 14 bilhões.
      

  • Plano da Operação Energética 2018/2022: O Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS apresentou os resultados do Plano da Operação Energética para o período de 2018 a 2022, ressaltando que o equilíbrio estrutural de oferta e demanda está assegurado. Todavia, a perda de regularização do Sistema Interligado Nacional – SIN, devido à expansão baseada principalmente em usinas eólicas, solares e hidrelétricas sem reservatórios de acumulação, deve levar à maior dependência das estações chuvosas. O ONS recomendou a valoração dos atributos das fontes na expansão, de forma a prover mais robustez ao SIN. O CMSE entendeu a necessidade de se retomar as discussões acerca de novos empreendimentos hidrelétricos.
      

  • Operação Especial do SIN na Copa do Mundo: O ONS apresentou que, em consonância com a Resolução nº 01/2005 do CMSE, durante o período de operação especial da Copa do Mundo FIFA 2018 foram adotadas medidas complementares para assegurar a operação do SIN, com grau adicional de segurança, o que garantiu a continuidade e qualidade do fornecimento de energia à sociedade durante o evento. Os membros do CMSE ressaltaram a importância de continuidade destas medidas nos eventos ainda previstos da Copa.
     

  • Recursos Hídricos: A Secretaria de Energia Elétrica – SEE/MME destacou a relevância da integração da Política Nacional de Recursos Hídricos e da Política Energética, de forma a garantir a competitividade do País e prover benefícios à sociedade. Desta forma, o CMSE criou Grupo de Trabalho, com a participação da Agência Nacional de Águas – ANA, para avaliar de forma estrutural sinergias de uso de recursos hídricos na interface com o setor elétrico.
      

  • Expansão da Geração e Transmissão: A SEE/MME relatou que, em junho de 2018, entraram em operação comercial 841,6 MW de capacidade instalada de geração. Em relação à transmissão, entraram em operação 596 km de linhas de transmissão e conexões de usinas e 640 MVA de transformação na Rede Básica. Assim, a expansão do sistema no ano 2018, até o mês de junho, totalizou 2.948,9 MW de capacidade instalada de geração, 2.758 km de linhas de transmissão de Rede Básica e conexões de usinas e 9.546 MVA de transformação na Rede Básica.
     

  • Condições Hidrometeorológicas e Energia Armazenada: O ONS apresentou que, no mês de junho de 2018, o padrão foi similar ao mês de maio, com a atuação de um sistema de alta pressão sobre boa parte do país. As quatro frentes frias que atuaram sobre o país causaram precipitação somente na região Sul e no sul da região Sudeste e não foram suficientes para que as principais bacias do SIN atingissem a média. Em termos de Energia Natural Afluente – ENA bruta, foram verificados no mês de junho os valores de 76% no Sudeste/Centro-Oeste, 49% no Sul, 39% no Nordeste e 73% no Norte, referenciados às respectivas médias de longo termo – MLT.
      

A ENA das bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins, que juntos concentram cerca de 80% da capacidade de armazenamento do SIN, no mês de junho de 2018 se configuraram como o 3º pior, 3º pior, 3º pior e 5º pior valor do histórico, respectivamente. A ENA de todo o SIN para o mês de junho também foi a 3ª pior do histórico de 88 anos, com 68% da MLT.
  
A Energia Armazenada – EAR verificada ao final do mês de junho de 2018 foi de 39,8%, 51,1%, 37,7% e 70,4% nos reservatórios equivalentes dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente, referenciados às respectivas EAR máximas. Os valores esperados de armazenamentos equivalentes ao final do mês de julho de 2018 são: 36,1% no Sudeste/Centro-Oeste, 57,1% no Sul, 34,0% no Nordeste e 69,3% no Norte.
   
Nos próximos sete dias espera-se precipitação de intensidade fraca nas bacias do subsistema sul. Os valores acumulados devem ficar abaixo da média para o período nestas bacias. Para a segunda semana, o cenário mais provável é de que as chuvas continuem abaixo da média para estas bacias.
  
Atualmente, as temperaturas da superfície do Oceano Pacífico Equatorial são compatíveis com um cenário de neutralidade. Contudo, o aquecimento sistemático das águas desde o mês de abril, a presença de águas mais quentes nas profundezas do oceano e a previsão de vários modelos numéricos indicam a provável ocorrência do fenômeno do "El Niño", provavelmente de intensidade fraca a moderada, durante a próxima estação chuvosa da região central do Brasil.
  
O CMSE destacou que está garantido o suprimento eletroenergético do SIN, despachando o parque térmico conforme ordem de mérito de custo, e que permanecerá acompanhando atentamente a evolução das condições de atendimento ao longo da estação seca de 2018.
 
  • Análise de Risco: O risco de qualquer déficit de energia[1] em 2018 é igual a 0,3% para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 0,0% para o subsistema Nordeste, considerando a configuração do sistema do PMO de julho de 2018.
       

O CMSE, na sua competência legal, continuará monitorando, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do País. As definições finais sobre a reunião do CMSE de hoje serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes do colegiado e divulgada conforme o regimento. 
  
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
  
Estes resultados são obtidos nas simulações do modelo Newave utilizando séries sintéticas, com tendência hidrológica, considerando em seus parâmetros que não há racionamento preventivo, térmicas por mérito e um patamar de déficit. Para séries históricas, o valor do risco de qualquer déficit é igual a 0,0%, para os subsistemas SE/CO e NE, no ano 2018.
 
 

 

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Fonte: ONS.

 

 

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