A carga de energia do Sistema Interligado Nacional em junho apresentou variação positiva de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. O volume ficou em 63.600 MW médios. Já em relação ao mês de maio/18, verifica-se uma variação negativa de 0,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o SIN apresentou uma variação positiva de 1,3% em relação ao mesmo período anterior, de acordo com o Boletim Mensal de Carga, divulgado nesta sexta-feira, 20 de julho, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico.
Se considerados os efeitos de fatores fortuitos e não econômicos sobre a carga o volume reportado em junho não apresentou variação quando comparado a 2017. O ONS indicou que a atividade econômica mais fraca, refletida nos indicadores macroeconômicos, o aumento dos estoques de produtos finais e redução dos estoques de insumos como consequência da greve dos caminhoneiros ocorrida entre o final de maio e o início de junho, afetou os custos, produção, utilização da capacidade e confiança. Além disso, o comportamento diferenciado da carga observada nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo também contribuiu para o desempenho.
Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país, a carga de energia verificada em junho/18 ficou em 37.103 MW médios, crescimento de 1,5% em relação ao verificado no mesmo mês do ano anterior. Na análise do operador, apesar do maior número de dias úteis em relação ao mesmo mês de 2017, o desempenho foi influenciado pelo ritmo lento da economia, o tímido avanço do mercado de trabalho e a greve dos caminhoneiros. O resultado da carga ajustada indica que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 1,1% para a taxa de variação da carga. Comparado a maio verifica-se uma variação negativa de 0,6%. No acumulado dos últimos 12 meses há uma variação positiva de 1,3%.
Já no Sul a variação positiva da carga alcançou de 2,5%, com 10.984 MW médios. Desse total, a expansão de 1,8% deve-se à carga ajustada, mostrando que os fatores fortuitos contribuíram positivamente com 0,7% em junho/18. Em relação a maio, verifica-se uma variação positiva de 2,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou um crescimento de 2,8%, em relação ao mesmo período anterior.
No Nordeste a carga de 10.213 MW médios representa acréscimo de 0,4% em relação à carga do mesmo mês do ano anterior. Já o indicador de carga ajustada mostra uma queda de 0,2%. Com relação a maio/18, verifica-se uma variação negativa de 2,6%. No acumulado dos últimos 12 meses, o Nordeste apresentou uma variação nula, em relação ao mesmo período anterior.
No Norte está o menor consumo com 5.299 MW médios, variação negativa de 4,6% em relação ao valor do mesmo mês do ano anterior, principalmente, pela manutenção da redução da carga de um consumidor livre da Rede Básica. O operador indica que a carga dos consumidores industriais eletrointensivos do subsistema Norte conectados &agravagrave; Rede Básica, que passou por expressiva contração ao longo dos últimos anos, mantém-se em patamar bastante reduzido desde meados do ano de 2014. Com relação ao mês de maio, verifica-se uma variação positiva de 0,4%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o Norte apresentou uma variação positiva de 0,2% em relação ao mesmo período anterior.
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Fonte: Canal Energia.
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