Quando o debate é sobre energia renovável e alternativa, as fontes mais citadas são a solar e a eólica, mas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) também são alternativas para o desenvolvimento energético sustentável. “Além de possuir geração pulverizada e possibilidade de geração em horário de ponta, as PCHs permitem aproveitamento multidisciplinar no recurso hídrico, turismo ecológico e possibilidade de desenvolvimento de empreendimentos imobiliários”, explica Scott Wells Queiroz, presidente da Quebec Engenharia, convidado para palestrar no fórum “O modelo do setor elétrico brasileiro e o papel da Cemig”, realizado nesta quarta-feira (19), em Belo Horizonte, onde comentou a evolução das principais fontes de energias sustentáveis no Brasil, a partir de 2000.
“Diferente das energias solar e eólica, a PCH trabalha como estabilizadora do sistema, além de ser uma fonte não intermitente. O que o mundo busca, nós temos”, reflete Queiroz citando a Usina Três Marias, da Cemig, que apesar de não ser uma PCH, é um exemplo de hidrelétrica que beneficia o sistema de produção e transmissão como um todo.
Segundo o engenheiro, a partir de 2000, houve uma ascensão da fonte hidrelétrica, induzida por uma série de fatores, entre eles o marco regulatório, Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), evolução do perfil do investidor, desafio da adaptação da engenharia de grandes hidrelétricas para as PCHs, maturidade da tecnologia e da cadeia fornecedora, e evolução dos licenciamentos ambientais e sociais. Em compensação, houve uma recente curva descendente, por conta do tempo e complexidade de maturação de projetos, maiores dificuldades ambientais e sociais, evolução das tecnologias de outras fontes permitindo menor custo por megawatt e orientação do financiamento BNDES para outras formas de produção de energia limpa.
No que se refere à evolução da energia solar, a partir de 2013, Scott Wells avalia que foi perceptível a chegada de empreendedores internacionais com conhecimento da cadeia e da tecnologia, facilidade de licenciamento, baixa resistência social em áreas de baixo custo fundiário, tecnologia em franco crescimento com características plug e play.
Sobre a matriz eólica, destaca que “é incontestável a qualidade dos ventos do Brasil. Temos um mercado altamente “tecnificado”, uma tecnologia que está em constante evolução, nacionalização de muitos equipamentos, desenvolvimento dos prestadores de serviço e uma grande disputa nos leilões recente, implicando em grandes investidores compatíveis”, assegura.
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