O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai lançar hoje um programa de fomento à geração de energia solar e eólica, disse à Reuters uma fonte próxima às discussões, em um programa com recursos “bilionários” para empresas e pessoas físicas.
O anúncio vem em meio a uma busca do presidente Michel Temer por uma agenda positiva às vésperas da eleição de 7 de outubro. O presidente inclusive deverá participar do lançamento do programa no BNDES, adicionou a fonte, que falou sob a condição de anonimato.
O anúncio do banco deverá envolver duas linhas de crédito para energia solar e eólica, com uma delas voltada a financiar a compra de equipamentos de geração renovável por parte de pessoas físicas e microempresas e outra linha para empresas maiores. “Serão valores significativos e robustos”, afirmou a fonte, sem abrir os números.
“Serão linhas com condições favoráveis a ponto de estimular a geração renovável. A linha para pessoas físicas e microempresas terá juros menores”.
Uma segunda fonte com conhecimento das conversas afirmou que os recursos para a linha voltada a micro e pequenas empresas virão do Fundo Clima, enquanto a linha voltada a empresas maiores usará recursos do programa Finame, de financiamento de máquinas e equipamentos.
“O Finame para esse programa será na casa de bilhões (de reais)”, disse.
O movimento do BNDES e do governo acontece em meio a um expressivo crescimento no Brasil dos investimentos de empresas e pessoas físicas em pequenas instalações para produção da própria energia, principalmente com painéis solares, uma tecnologia conhecida no setor como geração distribuída.
Mais investimentos – A Petrobras assinou ontem com a empresa norueguesa Equinor ASA – Equinor (ex-Statoil) um memorando de entendimentos (MoU) visando ao desenvolvimento conjunto de negócios no segmento de energia eólica offshore no Brasil.
“No âmbito da parceria estratégica entre as duas empresas, a Petrobras e a Equinor vêm investigando outras áreas potenciais de cooperação, incluindo desenvolvimento de iniciativas em energias renováveis”, diz a estatal.
Segundo a empresa, a realização de estudos conjuntos com a Equinor faz parte da estratégia da Petrobras em desenvolver negócios de alto valor em energia renovável, em parceria com grandes players globais, visando à transição para uma matriz de baixo carbono.
O MoU não estabelece obrigações para as partes empreenderem quaisquer negócios, mas indica a intenção das empresas em trabalhar conjuntamente para desenvolver projetos no segmento de energia eólica offshore.
A Petrobras possui quatro parques eólicos onshore em parceria, no Estado do Rio Grande do Norte, totalizando 104 MW instalados. Esses parques foram negociados no Ambiente de Comercialização Regulado (ACR), no leilão de energia de reserva de 2009, e entraram em operação em 2011. A companhia também possui uma unidade de pesquisa e desenvolvimento em energia solar fotovoltaica de 1,1 MW no Rio Grande do Norte, onde estão sendo avaliadas as operações de quatro tipos de tecnologia. (Reuters/AE).
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