Brasil pode ser influente na transição energética mundial, diz ex-presidente do IBP


“Temos um mix de fontes energéticas e participantes muito saudáveis, aparecemos como um país pacífico e grande o suficiente para ser relevante em escala global, mas precisamos acelerar o passo na regulação e na capacidade de influir em normas globais”.

O Brasil precisa acelerar o passo na regularização e na capacidade de influir nas normas globais relacionadas à transição energética, disse nesta quarta-feira a ex-presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) Clarissa Lins.

O ambiente de tensão geopolítica é fundamental para entender a possibilidade de diferenciação do país, de acordo com a executiva, que participou do seminário “A neoindustrialização e a transição energética brasileira”, promovido pela Editora Globo, no Rio.
As dimensões continentais do Brasil incluem mercado, volume e uma base energética diversificada, competitiva e atraente, segundo ela.

“Temos um mix de fontes energéticas e participantes muito saudáveis, aparecemos como um país pacífico e grande o suficiente para ser relevante em escala global, mas precisamos acelerar o passo na regulação e na capacidade de influir em normas globais”, afirmou Lins, que é sócia-fundadora a Catavento Consultoria.

Segundo a especialista, o Brasil está praticamente uma década à frente do mundo quando se fala em matriz energética renovável. “Uma matriz energética 47% renovada é onde a média global gostaria de estar em 2035, 2036”, disse. As hidrelétricas, lembra, foram essenciais para esse posicionamento hoje.

“Também temos as alavancas necessárias para nos posicionar muito bem nessas novas fronteiras tecnológicas de baixo carbono, como hidrogênio verde (…), mas também captura de carbono. A Petrobras hoje já é o maior ator individual a deter na tecnologia de captura e armazenamento de carbonos reservatório”, disse.

“Se olharmos para o livro de desenvolvimento tecnológico que deveríamos estar em 2030, temos conseguido cobrir. Entretanto, não conseguimos fazer isso de uma maneira uniforme e em todas as frentes necessárias.”

Por Valor Econômico.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/11/22/brasil-pode-ser-influente-na-transio-energtica-mundial-diz-ex-presidente-do-ibp.ghtml

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