Mercado livre já absorve 61% da produção de usinas de geração de energia renovável

O governador Geraldo Alckmin participa da Inauguração da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) na cidade de Pirapora do Bom Jesus, interior de São Paulo.Data: 23/12/2014. Local: Pirapora do Bom Jesus/SP. Foto: Diogo Moreira/A2 FOTOGRAFIA


A marca foi alcançada em novembro; há 12 meses, essa fatia era de 50%

O Ambiente de Contratação Livre de Energia (ACL), meio em que os fornecedores e consumidores negociam livremente, já absorve 61% de toda a produção de usinas de geração de energia renovável, incluindo eólica, solar de grande porte, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH), segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

A marca foi alcançada em novembro. Há 12 meses, essa fatia era de 50%. Hoje, o mercado livre responde por 37% do consumo de eletricidade do país. O mercado livre de energia foi destino de 57% de toda a produção de energia solar centralizada e de 48% da geração eólica em outubro novembro de 2022, contra 35% e 42% respectivamente há um ano.

Os dados fazem parte da última edição do Boletim da Energia Livre, publicação da Abraceel que mostra o panorama mensal atualizado do mercado livre de energia no Brasil. Além de ter absorvido grande parte da produção das usinas solares e eólicas, o mercado livre de energia foi também destino de 97% da energia gerada por usinas a biomassa e 58% por por pequenas PCH.

O movimento de migração de consumidores segue em tendência de alta e deve se acentuar nos próximos anos, já que o setor elétrico vai passar por transformações que devem mudar a forma como a maioria dos brasileiros compra energia elétrica. Atualmente, somente grandes consumidores de energia podem escolher o fornecedor e os aspectos do fornecimento, como prazos, fonte energética e outras flexibilidades e serviços associados. Eles correspondem a 0,03% de todos os consumidores de energia no Brasil.

A proposta do governo é que todos os consumidores atendidos em alta tensão (acima de 500 kw) possam optar pela compra de energia elétrica de qualquer supridor a partir de 1º janeiro de 2024. Aproximadamente 106 mil consumidores teriam a alternativa de aderir à livre comercialização neste primeiro momento.

A questão financeira é o motivo da migração. O custo da energia, um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 277/MWh no mercado regulado, em média, contra R$ 135/MWh do mercado livre em dezembro de 2022, uma diferença de 51%.

Por Valor Econômico.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/01/23/mercado-livre-ja-absorve-61percent-da-producao-de-usinas-de-geracao-de-energia-renovavel.ghtml

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