A Frente Parlamentar Mista em Defesa das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e das Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH)s foi lançada nesta sexta-feira (10), durante a 3ª edição da Conferência Nacional de PCHs e CGHs, realizado pela Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch). Assim como ela, outras iniciativas de políticos nas esferas estaduais e municipais estão se disseminando em todo o país.
A conferência marca a doação de uma usina da Abrapch ao município de Curitiba, lançada no encerramento do evento, nesta sexta-feira (10), no Parque Barigui. A energia produzida será injetada na rede da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e gerar créditos a serem compensados pelo município. Estima-se que a economia seja de R$ 11 mil por mês no abastecimento energético do parque, totalizando R$ 132 mil ao ano.
“[Essa usina] é a prova que dá para investir em CGH com novas tecnologias, cuidando do meio ambiente, protegendo os peixes e dando rentabilidade aos pequenos produtores”, afirmou o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), que deve deixar a presidência da Frente Parlamentar Mista nos próximos dias, que será assumida pelo deputado Pedro Lupion (DEM/PR). “Passei pelo meu governo criticando as usinas térmicas: elas são uma das responsáveis pelo problema do sistema elétrico brasileiro e o custo para o consumidor é puxado para cima por causa delas”, ressalta.
De acordo com Uczai, a energia limpa hidrelétrica pode contribuir para desonerar o consumidor. Uma pesquisa do Instituto Ilumina apontou que, de 1995 a 2017, a tarifa média residencial subiu 50% acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – para as pequenas fábricas, o reajuste chegou a ser 130% maior que o índice. “A CGHs e as PCHs podem ganhar mais do que ganham hoje e reduzir o preço da energia paga pelo consumidor”, diz.
No Paraná
Assim como a Frente Parlamentar Mista em Defesa das PCHs e das CGHs, o deputado Tião Medeiros (PTB/PR) já protocolou requerimento para criar o Bloco Parlamentar de Energias Renováveis na Assembleia Legislativa do Paraná. “Precisamos de uma solução definitiva para que um licenciamento não leve de 8 a 10 anos, como estamos cansados de ver por aí. Se houver entraves de ordem legislativa, vamos propor soluções neste sentido”, afirmou Medeiros.
Para ele, a desburocratização gerará emprego e renda. “A estimativa é de que mais de 300 empreendimentos aguardam licenciamento só no Paraná. Isso deve responder a mais de 100 mil empregos e investimentos na ordem de R$ 12 bilhões para o estado. Seria uma injeção na economia vultuosa, muito forte, na veia da economia do Paraná”, apontou.
Em Curitiba
Além da CGH do Barigui, a prefeitura de Curitiba deve instalar outra usina no Parque São Lourenço. “Já temos o projeto para implantação, dentro da mesma forma de aproveitamento da água do vertedouro”, estima a secretária municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Marilza Dias. Para o projeto, há uma reserva de R$ 350 mil para 2019, por meio de emenda parlamentar à Lei Orçamentária Anual (LOA) do vereador Bruno Pessuti (PSD), iniciativa já aprovada no fim do ano passado pela Câmara Municipal de Curitiba. "[Queremos] Gerar em nossas crianças a conscientização à sustentabilidade, à adoção de hábitos mais sustentáveis e à preservação dos recursos naturais", diz Pessuti.
Assessoria de Imprensa: Ceres Battistelli – (41) 99162-4740
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