Perspectiva é de chegar a pelo menos 7 GW por conta dos incentivos que estão vigentes para a modalidade e que serão modificados a partir de 2023

A lei 14.300 deverá proporcionar uma verdadeira explosão no mercado de geração distribuída em 2022. A previsão da Associação Brasileira de Geração Distribuída é de que o país veja a capacidade instalada praticamente dobrar nos próximos 12 meses. De um total de cerca de 8,8 GW que a Agência Nacional de Energia Elétrica registra atualmente, o segmento deverá fechar o ano com algo próximo a 15 GW. Essa é a projeção do presidente executivo da entidade, Guilherme Chrispim, o entrevistado no CanalEnergia Live desta segunda-feira, 10 de janeiro.

O executivo afirma que esse movimento é esperado justamente por conta dos interessados em aproveitar a atual legislação e seu período de transição na busca de maximizar o retorno do investimento. Essa verdadeira corrida vem antes da alteração da forma de compensação, tema que gerou bastante discussão e acusações nos últimos dois anos. Contudo, Chrispim elogia a lei que, segundo ele, traz a esperada segurança para os investimentos, mesmo no pós 2022.

“Teremos crescimento em 2022 por conta dos interessados nessa geração, para que sejam aproveitadas as oportunidades dadas pela Lei. Mas seguiremos em crescimento nos anos seguintes, seja 2023, 2024 e além, será em ritmo menor por conta da taxa de retorno menor, mas seguirá em expansão”, aponta ele.

Contudo, o executivo lembra que não se pode deixar de considerar que apesar da mudança na compensação, não se pode deixar de ressaltar que a tarifa de energia no mercado regulado seguirá em tendência de alta. Além dos momentos como o atual em que componentes adicionais deverão ser incorporados, os contratos com as distribuidoras são indexados ao IPCA e que por isso seguirão se elevando com o tempo. Esse fator ajuda a balancear a alteração na remuneração de sistemas de GD.

Em linhas gerais, o presidente da ABGD considera, apesar de vetos e da Lei ser o texto possível de se chegar, um avanço para o país. Ajuda, por exemplo, a facilitar o acesso à rede das distribuidoras, já que agora as concessionárias têm a obrigação de indicar todas as pendências em um projeto de uma vez só. Anteriormente, diz ele, se houvesse mais pontos o projeto ‘ia e voltava’ todas as vezes, o que dificultava o atendimento de prazos que a Aneel estabelece em regras.

Mas, ele também considera que deve existir pontos que o próprio setor de geração distribuída precisa melhorar. Ele diz que a entidade está aberta e quer conversar sobre esses pontos com Aneel e as distribuidoras.

A entrevista está disponível em nosso perfil no LinkedIn que pode ser acessado aqui. E ainda, em breve no TV CanalEnergia, nossa página no YouTube. Aproveite, cadastre-se e ative as notificações para ser informado de todas as nossas atualizações.

Fonte: Canal Energia
Imagem: Cbie

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